
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
Na manhã desta segunda-feira (21), o CEO do Atlético, Bruno Muzzi, concedeu uma entrevista coletiva na Sede de Lourdes para falar sobre como está sendo a preparação do clube para receber o confronto contra o Santos, no próximo domingo (27), já na Arena MRV.
Muzzi ainda respondeu sobre a importância dos eventos teste, sobre como o Galo irá explorar sua nova casa, os ganhos com estacionamento, comidas, projeções para o próximo ano e muito mais.
Confira os principais temas abordados:
Melhorias após os primeiro eventos:
A Arena está com a estrutura pronta, a parte física está 100% pronta. Pequenos ajustes serão feitos ao longo do ano, mas ela está pronta para receber os 46 mil expectadores programados. A parte de serviços é o que estamos vendo ser muito mais difícil do que imaginávamos, mas estamos aprendendo, muito. Mas faz parte, todos os estádios passaram por isso e com a gente não vai ser diferente. Os eventos testes serviram exatamente para isso, para vermos os pontos principais. Fizemos eventos com 2 mil, 9 mil e 20 mil (pessoas), onde muita coisa deu errado. O que fizemos agora? Passamos de 20 mil pessoas para 30 mil, não apenas pela mobilidade externa, mas também pela interna e como atenderíamos a todos. Passamos as últimas semanas vendo tudo o que deu errado para tentar melhorar.
Propriedades comercializadas dentro da Arena MRV:
Todas as propriedades comercializadas dentro da Arena, o Atlético tem participação. Tem participação integral na bilheteria, no sócio torcedor, que passam a ser receitas do clube. Alimentos e bebidas, tudo o que vende lá dentro, o Atlético tem um acordo, que vai de 18% a 25% de repasse para a gente. O estacionamento, idem. A publicidade estamos ainda definindo, estou discutindo o acordo das placas com a LIBRA. Todos os patrocínios que a gente vendeu, são 100% do Atlético. As eventuais receitas extras com as vendas de camarote são 100% do Atlético. Então não tem nada ali dentro que não tenha a participação do Atlético.
SAF e projeção para a bilheteria em 2024:
A ideia é que fechamos a SAF no final de setembro até o início de outubro, esse é o cronograma que tenho trabalhado para o fechamento. Feito a SAF, a gente começa a receber os aportes e a Arena vai para dentro da SAF. Ali temos o planejamento completo de 2024, 2025, 2026 e 2027. A Arena estará operando na sua capacidade plena, a partir do ano que vem. Esse ano a gente vai gradativamente, teremos alguns eventos como o show do Paul McCartney, os jogos… espero ir ampliando. A Arena tem capacidade, falando em faturamento, porquê os custos dela temos projeções e vamos aprender a opera-la. Só de bilheteria eu prevejo em 2024 chegar em R$80 milhões.
Laudos para confirmação da partida contra o Santos:
Já estamos com 3 laudos, de engenharia, sanitário e bombeiro. A polícia militar esteve lá na quarta, quinta e sexta fazendo o laudo de segurança. Existem algumas restrições que eles colocaram lá, coisas simples. Funcionando tudo certo, o laudo de segurança é emitido. Oficialmente não têm a definição ainda, mas espero poder hoje, sacramentar isso, se nada de diferente acontecer.
Contrapartidas:
Estamos na casa de executados, obras viárias, perto de R$90 milhões. Somado com as outras contrapartidas, o valor chega a R$130 milhões já executados. Esses números são aproximados. Isso é o que damos conta de fazer para começar a operar a Arena, vamos terminar estas obras, é o que damos conta de fazer. Temos algumas discussões pela frente de contrapartidas a serem executadas, principalmente as viárias. Isso é o pesado! Temos uma alça no Anel Rodoviário com a Via Expressa, temos uma ligação do Anel com a Via Expressa também, temos a passarela do metrô do Eldorado e além da obra no Anel Rodoviário com a 040, que não é uma contrapartida nossa, é uma sugestão do COMAM que terá um efeito positivo. Estamos em conversas com a prefeitura diárias, semanais, muito positivas, de cooperação mesmo, dentro do que é certo e possível. A prefeitura anunciou agora obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e deverá receber recursos para algumas dessas obras.
Ponto cego:
Quem foi lá comigo viu que não existe o “tal ponto cego”. Tanto pessoas em pé, ou sentadas, em qualquer lugar do setor sul você consegue ver as linhas do campo e os gols. Ali tem uma questão de projeto e comportamental. No projeto você tem na beira do guarda-corpo, para o vidro, o local para os portadores de necessidade especiais. Logo atrás dele, você tem outro guarda-corpo de vidro, que é onde as pessoas devem circular. A partir do momento que você fica em pé, nessa parte de trás, todos os demais podem ficar em pé com visibilidade. Mas se ficarem de pé no primeiro guarda-corpo, na frete dos cadeirantes, ele de fato compromete quem está atrás. Nós vamos tomar muito cuidado na operação, até que consigamos de forma comportamental, organizar isso.