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Atlético

CEO do Galo e explica SAF, saída de diretor e momento do futebol feminino

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Na manhã desta quinta-feira (11), o CEO do Atlético, Bruno Muzzi, concedeu uma entrevista coletiva na Arena MRV ao lado do Diretor de Futebol do Galo, Victor Bagy, para responderem diversos questionamentos sobre o momento do time, tanto dentro, quanto fora das 4 linhas.

Esta era uma cobrança antiga do torcedor atleticano, que vem cobrando respostar para diversos assuntos dentro do Atlético.

Um dos tópicos levantados durante a coletiva, foi o do modelo escolhido dentro do Atlético na venda da SAF. Diferentemente do que outros clubes optaram – Recuperação Judicial – o Atlético foi por outro caminho, que segundo Muzzi, foi o de “planejamento”.

“Cada clube que se transformou em SAF, tinha as suas características. A gente discutiu muito na hora da transformação, se iríamos para um regime centralizado de execução, se iríamos para uma recuperação judicial, ou se iríamos para um planejamento, que foi o que acabou acontecendo”, afirmou o CEO do Atlético.

Muzzi ainda acrescentou:

Optamos por esse modelo atual, que foi uma aquisição de todas as dívidas pelos acionistas. Não era possível seguir em uma Recuperação Judicial no nosso caso específico, mas outros clubes assim fizeram. Hoje esse assunto já está superado. A SAF foi feita, os valores foram aportados, a Associação não tem uma dívida, a dívida é toda da SAF, e é importante dizer que os acionistas são responsáveis por toda a dívida da SAF do Atlético.

Outro tópico levando durante a coletiva foi o da saída do Diretor de Comunicação e Relações Institucionais do Atlético, André Lamounier, que esteve envolvido na ação de marketing que presentou seu filho e um amigo, com um par de chuteiras entregue por Bernard em sua apresentação.

De acordo com o CEO, esse assunto já é passado no Galo:

É importante dizer que o André sempre foi um diretor muito dedicado ao clube, da confiança dos acionistas. É um diretor que tinha acesso a todo o Departamento de Futebol a todo momento, todos os atletas. Então não era uma chuteira que iria fazer isso! Houve ali um erro dele, de fato errou. Não poderia ter colocado o seu filho ali para ter participado dessa ação. Reconheceu o seu erro, levou para o complience. Foi tomada uma medida antes mesmo de uma investigação e assunto encerrado.

Bruno Muzzi ainda foi perguntado sobre o futebol feminino do Atlético. Rebaixado com a pior campanha do Campeonato Brasileiro, com apenas um ponto conquistado em 13 partidas jogadas – 9 gols marcados e 42 sofridos – o clube foi o lanterna da competição.

O CEO alvinegro falou um pouquinho do momento da modalidade dentro do Galo: “É preciso dizer que o futebol feminino vem passando por um processo de reestruturação de fato. Até antes da SAF, em dezembro, o futebol feminino era gerenciado por gestores não profissionais. Em janeiro, quando foi estabelecido o orçamento que era de R$8 milhões, passou para para R$6 milhões. Uma redução, mas com investimentos ainda significativos”, disse.

E ainda completou:

A gente precisou entrar no futebol feminino para reestruturar de fato. Sabíamos que ia acontecer o que aconteceu. No entanto, a gente preferiu, dentro do orçamento, fazer os investimentos que eram possíveis serem feitas dentro das decisões tomadas nos anos anteriores porque as jogadoras já tinham contrato em curso.

Muzzi ainda garantiu que houveram investimentos na melhoria da infraestrutura e que a SAF atleticana, a partir de agora, acreditará no futebol feminino cada vez mais:

Fizemos investimentos para melhorar a infraestrutura do futebol feminino, que hoje já é um pouco melhor, mas ainda temos muita coisa para se fazer. Preferimos fazer investimentos na equipe gerencial do futebol feminino. Estamos usando o CIGA para a identificação de jogadoras para a composição do elenco. A SAF, daqui para frente, acredita no futebol feminino. Vai passar por esse momento de sofrimento e reestruturação. Tenho certeza que, daqui a dois ou três anos, estaremos com o futebol feminino equilibrado, sustentável e competitivo.