IMAGEM: TV GALO/ATLÉTICO
Anunciado pelo Atlético, em maio de 2019, como diretor das categorias de base, Júnior Chávare completa um ano na função nesta quinta-feira (21). Nome de confiança de Rui Costa, demitido em fevereiro, Chávare segue no cargo, mesmo após diversas mudanças no departamento de futebol do clube. Em entrevista ao ‘Papo de setoristas’, do jornalista Breno Galante, o diretor comentou sobre o breve contato presencial com Alexandre Mattos antes da paralisação das competições pela pandemia do coronavírus e as várias ligações por telefone durante a quarentena. Segundo Chávare, Mattos confirmou a continuidade do profissional no departamento de formação.
Em abril, Jorge Nicola, jornalista da Espn, perguntou a Alexandre Mattos sobre a possível contratação de João Paulo Sampaio, gerente das categorias de base do Palmeiras, mas o dirigente do Atlético preferiu não comentar a respeito. João Paulo chegou no Palmeiras em 2015, contratado por Alexandre Mattos, que já trouxe Gustavo Nicolini, ex-analista de desempenho do porco. Troca no comando da base do Galo? Chávare revelou que a chegada de mais um profissional, no momento, seria para trabalho em conjunto e não para substituição.
Durante a transmissão de vídeo, um torcedor questionou o baixo número de atletas da base que contribuem efetivamente no profissional. Júnior citou Marquinhos e Bruno Silva como atletas que, em 2019, já estavam prontos para a equipe principal. Autor de um dos gols na goleada sobre o Tupynambás, em janeiro, Bruno Silva se recuperou de lesão muscular e está à disposição do técnico Jorge Sampaoli no retorno das atividades na Cidade do Galo. O diretor das categorias de base acredita que Sampaoli dará oportunidades aos garotos, como fez em trabalhos anteriores.
“Talvez a gente esteja em um momento mágico do Atlético, que é ter um comandante como o Sampaoli, que tem essa visão, que, obviamente, também gosta de ter jogadores mais preparados, mais consagrados, mas, por onde passa, sempre dá oportunidade para os mais jovens”, afirmou Chávare.
Júnior comandou uma grande reformulação na base alvinegra em 2019. Além de demissões nas comissões técnicas das categorias, dezenas de atletas foram dispensados pelo clube. Todos os jogadores liberados entram em um banco de dados que acompanha o diretor há anos. A intenção é acompanhar a carreira do atleta para que se tenha a certeza de que não houve erro na avaliação que levou à dispensa.
Menina dos olhos de Chávare, o time de transição, iniciado em 2020, será reavaliado devido às dificuldades financeiras vividas pelo clube, pois gera gastos com jogadores e comissão técnica, segundo Alexandre Mattos. A ideia inicial era disputar vinte e cinco jogos internacionais, ainda em 2020, além de quinze a vinte jogos no território nacional. Com dúvidas quanto à prática desportiva no restante da temporada, devido à pandemia do coronavírus, diversos contratos de atletas que treinavam no time de transição foram rescindidos.
Chávare justificou as rescisões afirmando que todos os jogadores já haviam sido monitorados, desde 2019. O diretor acredita na continuidade e aperfeiçoamento do projeto e citou a dificuldade do Grêmio no início do time de transição, colhendo frutos, atualmente, com atletas aproveitados no elenco principal.