CHEGOU A HORA DE ACERTAR AS CONTAS COM O BOTAFOGO

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FOTO: GERALDO BUBNIAK/REPRODUÇÃO

Se pedir ao atleticano para listar os principais rivais do país, o Botafogo não estaria entre os escolhidos da grande maioria. Porém, se mudarmos a lista para as principais pedrinhas no sapato durante a história, certamente veríamos o nome do alvinegro carioca com mais frequência. Sendo assim, chegou a hora de mais um acerto de contas para o Galo.

Tudo bem que a prioridade sempre foi atropelar Corinthians e Flamengo em rede nacional e jamais citamos o Bota nos sonhados roteiros para a conquista de uma taça. Na Copa do Brasil 2014, após humilhantes goleadas aplicadas na dupla citada, vingamos as gerações das décadas de 80 e 90, então agora estamos aptos a vingar a década seguinte.

Assim como o ‘Frá’ e o ‘Curintcha’ contaram com Wright’s, Aragões e Rezendes, o Botafogo teve seu craque do apito nos anos 2000, o ídolo da camisa amarela, Carlos Eugênio Simon. A mágoa de uma injustiça nas quatro linhas não tem data de validade e o torcedor abate os juros da melhor maneira possível. Simon nunca mais teve paz em Belo Horizonte, seja no Horto ou no Mineirão, se ele preferiu não ver o pênalti que eliminaria o Botafogo em 2007, viu e ouviu todo tipo de protesto em Minas Gerais. Foi pouco.

Pobre, Botafogo! Não conseguiu transformar a ajuda em taças. Os apitos de Corinthians e Flamengo agiam nos momentos decisivos contra Reinaldo, Éder, Palhinha, Cerezo, Marques, Guilherme, enquanto os assopradores contribuíram para a classificação do Botafogo contra Bilu, Marcos, Galvão e Tchô. Talvez por isso não tenha doído tanto quanto as décadas anteriores.

Quando enfrentou um bom time do Galo, em 2013, os jogadores ainda exalavam o álcool da ressaca pela conquista da Copa Libertadores da América e o elenco já não aguenta mais as longas concentrações de Cuca. O mesmo Cuca estreou no Atlético contra o Botafogo, em 2011, pela Copa Sul-Americana e não conseguiu organizar a bagunça a tempo para comemorar a classificação. Em 2017, outra estreia, dessa vez de Rogério Micale. PQP! Que sortuda essa pedrinha no sapato.

Novo confronto em 2019, técnico interino na Cidade do Galo, momento delicado após a eliminação na Libertadores e a perda do título estadual. Que o Atlético supere as dificuldades e não esqueça do histórico desse duelo para que possamos mostrar porque ‘VINGADOR’ está patenteado no nosso hino. A Massa deve absorver a adrenalina pela classificação nos pênaltis contra o La Calera e entrar de vez no espírito da competição. Vale taça, aqui e no Rio, como aconteceu em 1971, contra o time da estrela solitária. O Botafogo de Carlos Eugênio Simon!

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