HELICÓPTERO COM A LETRA “B” FOI PLANEJADO EM DEZEMBRO

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IMAGEM: REPRODUÇÃO REDES SOCIAIS

Dezenas de milhares de atleticanos lotavam as ruas ao redor do Mineirão horas antes do primeiro clássico entre Galo e Cruzeiro na temporada 2020. Pouco a pouco, a multidão foi entrando para o estádio, fantasiados de fantasma, com balões estampando a letra ‘B’ em alusão ao rebaixamento do rival, vestindo camisas que formavam frases provocativas e com máscaras do meia Thiago Neves. Na arquibancada, o mosaico com a frase “vou festejar o teu sofrer” deixava claro que todos os elementos da zoeira estariam presentes no gigante da Pampulha.

Como é comum o uso de drones carregando o tradicional fantasminha em provocações com torcidas que disputam a segunda divisão, vez ou outra o atleticano olhava para os céus na esperança de encontrar a cereja do bolo. Brunno Lima é um desses torcedores que esperavam ansiosamente o primeiro clássico pós-rebaixamento do Cruzeiro e, ainda em dezembro de 2019, planejou uma surpresa para a Massa quando os dois clubes se encontrassem. Piloto de helicóptero em uma empresa de taxi aéreo, achou que a ocasião pedia algo além de um drone. Criado em uma família de cruzeirenses, procurou o amigo Rafael Guerra, também cruzeirense, para ser o copiloto da megaoperação, tudo nos padrões da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Rafael Guerra topou em tom de desafio, pois estava confiante na vitória celeste e acreditava que, em caso de vitória do Cruzeiro, o feitiço viraria contra o feiticeiro. Em uma brincadeira que descreve como “ousada e inédita”, adesivou o helicóptero com a letra B em um tamanho que fosse possível enxergar do solo e começou a contar as horas para o sábado.

Por volta das 16h30, Brunno decolou do aeroporto Carlos Prates acompanhado do copiloto Guerra, a amiga Marhessa e a sobrinha Luisa, representante da nova geração alvinegra da família. Em cinco minutos, o piloto atleticano já sobrevoava o gigante da Pampulha impressionado com o barulho da torcida. “Foi uma loucura! Quando eu olhei para a Massa, ela estava em delírio, só via flash e lá de cima dava para escutar o barulho da torcida vibrando com a presença ilustre da aeronave “fantasiada” com o fantasminha e a letra B estampada nas laterais. Sobrevoamos por volta de uma hora em cima do estádio e uma hora sobre BH” – conta em êxtase o atleticano Brunno.

Integrante da torcida CamarGalo, do bairro Camargos, no passado, o piloto não queria ficar de fora da partida e retornou ao aeroporto Carlos Prates na contagem regressiva para o clássico. Logo que pousou, o quarteto já se impressionou com a repercussão do voo nas redes sociais. Não havia muito tempo para analisar todos os links e marcações, pois o jogo começaria em vinte minutos.

“Pousamos por volta de 18:40 no Aeroporto Carlos Prates, me desloquei até o estádio, meu Galão não decepcionou e fechamos o clássico com chave de ouro. Sinceramente, não esperava toda essa repercussão, saímos em muitas mídias locais e internacionais. A diferença do helicóptero para o drone é simplesmente que um é brincadeira de criança e o outro é brincadeira de adulto” – provoca o piloto.

Como Atlético e Cruzeiro não se enfrentarão no Campeonato Brasileiro, a expectativa é que haja outro encontro nas próximas fases do Mineiro para que o atleticano volte a usar a criatividade nas provocações com o rival. Caso aconteça outro clássico ainda em 2020, olho nos céus, pois o piloto promete voltar aos céus do Mineirão. Para 2021, Brunno espera adesivar a letra C para um voo ainda mais memorável.

 

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