
FOTO: BRUNO SOUSA / FLICKR / ATLÉTICO
Na noite da última quinta-feira (27), em reunião realizada na Sede de Lourdes, o Conselho Deliberativo atleticano aprovou, com 133 votos favoráveis (houve ainda uma abstenção), as demonstrações financeiras do exercício do ano de 2022.
A reunião contou com a presença de dois membros do grupo de apoiadores, conhecido como “4R’s”: Ricardo Guimarães, presidente do Conselho e Renato Salvador, vice-presidente do Conselho. Além deles, estavam presentes o presidente do clube, Sérgio Coelho, o seu vice, José Murilo Procópio e Fernando Campos Motta, representando o Conselho Fiscal.
O balanço apresentado pela diretoria alvinegra aos seus conselheiros, mostrou uma dívida de R$1,571 bilhões.
O valor representa um aumento de R$259 milhões na dívida atleticana, que no último ano, segundo o balanço, era de R$1,312 bilhões. De acordo com o que foi divulgado pelo clube, este crescimento se justifica “pelo investimento de R$112 milhões em atletas profissionais adquiridos, renovações contratuais e categorias de base”. Além disso, a não venda do Diamond Mall em 2022 e o aumento na taxa SELIC, que teve “um impacto líquido negativo de R$ 104 milhões no período”.
O endividamento atleticano mostrou que sua grande parte, se deve por conta de operações de crédito (empréstimo). São 47%. Já 35% são por conta de empréstimos dos apoiadores, investimento em atletas, fornecedores e outros. Para finalizar, os 18% restantes se devem a programas de refinanciamento de dívidas fiscais.
Apesar do aumento da dívida e das preocupações que a diretoria tem em resolver o passivo circulante, ou seja, as dívidas de curto prazo, o clube conseguiu fechar seu balanço com um superávit de pouco mais de R$70 milhões, que só foi possível graças à valorização patrimonial do clube, principalmente por conta da construção da Arena MRV.
