
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
O empate por 1 x 1, no clássico diante do América, voltou a preocupar o torcedor atleticano. Com dois empates em duas partidas contra equipes da primeira divisão (América e Cruzeiro), o Atlético não conseguiu vencer, muito menos convencer, em nenhum dos grandes jogos deste ano, incluindo a estreia da Copa Libertadores, quando o Galo empatou na Venezuela com o Carabobo.
Entretanto, o técnico do time e talvez a grande esperança do atleticano para a temporada, “Chacho” Coudet mostrou bastante tranquilidade na sua entrevista coletiva após o apito final, citando todo o processo que seu time está passando, na mudança de filosofia e estilo de jogo.
O treinador ainda falou sobre a melhora alvinegra na segunda etapa do jogo contra o Coelho, explicou a ausência de Cristian Pavón na lista de relacionados e muito mais. Confira:
Coudet começou explicando sobre a melhora do seu time no segundo tempo do jogo:
Na primeira metade (nossa atuação) não foi boa. Aconteceu o mesmo no jogo passado. Pode ter também, relação com o que sofremos para fazer a viagem (para a Venezuela), foi muito difícil. Mas seguramente que queremos ver mais o que aconteceu no segundo tempo do jogo da Libertadores e no segundo tempo de hoje. Enfrentamos uma equipe da primeira divisão do Brasileiro que não passou do meio campo na segunda parte do jogo. Esse é o jeito que queremos jogar.
O Atlético voltou a sofrer com gols de bola parada. O treinador falou sobre isso:
Acho que no primeiro tempo, o América jogou bem. Meu time criou boas possibilidades mas não tomamos boas decisões. Muitas das chances que eles criaram, foram de bola parada. Nós trocamos a forma de marcação e mantivemos coisas que o time já vinha fazendo. Eu falo com os jogadores para fazerem como se sentem mais cômodos. Podemos usar a marcação em zona ou a marcação individual nos escanteios. Mas este é um problema que precisamos corrigir. Temos muitos jogadores de qualidade para jogar, não temos muita altura ou atletas físicos para ganharem no corpo a corpo, coisa que acontece constantemente na bola parada. Mas sim, é algo que precisamos corrigir. Seguramente vamos encontrar a forma de marcar!
Coudet também foi questionado sobre a ausência de Pavón na lista de relacionados. O argentino explicou:
Como sempre digo, não gosto de ficar falando de situações individuais de jogadores. Temos 5 atacantes, preciso levar para o jogo uma lista com 23 atletas. É difícil de tomar a decisão! Hoje me perguntam do Pavón, outro dia será outro que ficará de fora. Ele na quarta não poderá jogar ainda, tem mais 5 partidas de suspensão na Copa Libertadores. Então, se preciso dar ritmo a algum outro jogador, é melhor para nós que tome ritmo o jogador que poderá atuar na quarta. Não é por nada particular, é um grande jogador. Mas são situações que acontecem.

Na sua estreia comandando o Galo no Mineirão, o comandante argentino falou da importância do torcedor:
Jogar no Mineirão faz muita diferença. O torcedor as vezes não sabe o poder que tem e para nós será muito importante! Eles são mais um jogador para a gente, ainda mais neste clube, que o torcedor empurra o tempo todo. O único pedido que posso fazer é apoiar a todos os jogadores. Um atleta pode fazer um jogo bom ou ruim, mas que o torcedor não aponte para um atleta. Se tiverem que culpar uma pessoa, que me culpem.
E ainda completou, falando sobre o processo que o Galo passa neste momento:
Sei da responsabilidade que tenho e sei de todo o processo. Em alguma entrevista anterior, já citei sobre este processo. Estamos fazendo o processo que temos que fazer, estamos testando a todos os jogadores, todos eles estão tendo oportunidade. Ninguém poderá chegar em mim e dizer que não teve oportunidade. Então é um processo, onde eles vão melhorando e entendendo a forma com que eu quero jogar. Tenho segurança, que essa maneira que quero jogar, é a forma com que o torcedor quer ver sua equipe dentro do campo. Estou muito confiante que este grupo vai dar certo é que vai brigar por tudo que tem pela frente.