
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
A derrota diante do Athletico-PR, na noite da última terça-feira (18), complicou e muito a situação do Atlético na Copa Libertadores da América. O clube mineiro soma agora duas derrotas em 2 jogos na fase de grupos da competição e pode ver os líderes se distanciarem cada vez mais.
Após o jogo, o técnico atleticano, Eduardo Coudet, comentou sobre o que viu da partida, além fazer duras críticas a dois lances capitais dos 90 minutos.
O argentino começou falando sobre o grande problema do Galo no jogo:
“Mais uma vez, 24 situações, finalizações. Outra vez acredito que o goleiro rival foi o melhor jogador em campo. O que está faltando para o time é poder abrir o jogo com um gol. Antes do (Athletico) Paranaense marcar, tivemos duas vezes o 1 contra 1, diante do goleiro. Já no primeiro chute deles, foi o gol. (…) Se revisarmos todo o restante do jogo, não vamos achar outra chance clara do Paranaense.“
Coudet ainda comentou sobre o pênalti marcado para o Furacão, que originou o segundo gol dos paranaenses no jogo:
“Depois o pênalti, que nos sentimos muito prejudicados. Uma revisão do VAR, um desvio muito perto, sem o Paulinho ter a intenção. Eu não tinha visto o replay do lance antes, mas agora sim. Nenhum jogador do Paranaense, atrás (do Paulinho), para fazer o gol. O que eu reclamo é: ‘qual é o critério para ficar 7 minutos buscando o pênalti, quando o jogo anterior, diante do Libertad-PAR, o pênalti para nós, que o VAR não chama o árbitro, foi 10 vezes mais pênalti. Contra o Millonarios-COL, tampouco revisaram. Estamos falando do mesmo campeonato, não houve revisão porquê o VAR não chamou e também foi 10 vezes mais pênalti do que esse.“
Outra crítica de Coudet foi sobre o lance da expulsão de Mariano:
“Um árbitro experiente, internacionalmente também. Acredito que antes de aplicar o segundo cartão amarelo, poderia conversar com o VAR para ver se foi infração ou não. Sei que o VAR não entrou pois era um segundo cartão amarelo. Mas, mais uma vez os prejudicados fomos nos. Eu estava a 5 metros da jogada e o Mariano pega a bola. Mas mesmo com 10, seguimos buscando, criando as jogadas mais claras”.
O treinador ainda mostrou bastante otimismo, principalmente depois das duas últimas atuações atleticanas:
“É muito difícil falar, depois de duas derrotas na Libertadores. Sobretudo nos dois últimos jogos, tanto contra o Vasco como hoje, é difícil de falar. Mas para jogar desta maneira que o Galo me contratou. Para atuar como nos dois últimos jogos, é como eu quero que meu time jogue. A verdade é que não posso reclamar de nada com meus jogadores. Não posso pedir para que se sacrifiquem mais, para correr mais, para jogar mais. Temos grandes finalizadores, jogadores que vão marcar gols. Fazer muitos gols. Seguramente a reclamação pode acontecer pelos resultados. O time transmitiu coisas boas de dentro para fora e nosso torcedor se sente identificado com isso. Jogando em casa ou fora, o time vai buscar o resultado. Se somarmos os dois últimos jogos, fizemos 50 finalizações, mas fizemos apenas dois gols. Vamos tratar de melhorar, se ganha com gols, essa é a verdade do futebol.“
O Atlético volta a campo no próxima domingo (23), quando enfrenta o Santos, fora de casa, pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro. Libertadores apenas no dia 03 de maio, quando o Galo recebe o Alianza Lima-PER, em Belo Horizonte.