DEFESA VAI BEM, MAS CAZARES, CHARÁ E PAPAGAIO DECEPCIONAM NO PARANÁ

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

“Precisamos ser mais agressivos no terço final do campo, escolher melhor as opções para matar o jogo”. Essa declaração de Rodrigo Santana foi dada após o empate contra o Goiás, mas serviria para descrever a atuação do Galo contra o Paranense, em Curitiba. Se o time esteve seguro defensivamente, com exceção de Guga na primeira etapa, o ataque alvinegro desperdiçou chances de voltar para Belo Horizonte com um empate ou até mesmo a vitória. O atleticano que esperava por retrancada no sul do país, esperando o adversário, viu um bom volume de jogo no início, com o Galo tomando a iniciativa e demonstrando que foi para vencer. Com as ações truncadas no meio-campo nos minutos iniciais, o Atlético conseguia forçar o erro dos paranaenses e Santos, goleiro rubro-negro, precisou trabalhar. Vinícius se apresentava para o jogo nos dois lados do campo, mas encontrava Chará e Cazares pouco inspirados. Quando o trio encaixou boas jogadas, Papagaio desperdiçou diversas chances claras de gol.

Vários holofotes da Arena da Baixada ficaram apagados por alguns minutos e a partida foi paralisada pelo árbitro Dewson Freitas. O Paranaense voltou melhor após a pausa e começou a assustar nas finalizações na meta de Cleiton. Após desperdiçar um ataque promissor com Papagaio, o Atlético sofreu o único gol da partida em um forte chute de Marcelo Cirino. Nas redes sociais, muitos internautas compararam o lance com gols sofridos por Victor, questionando se a bola era defensável. Jogadores do Galo  e do CAP atrapalhavam a visão de Cleiton no momento do chute e a finalização foi a queima roupa, sem chance para o jovem goleiro. Com o ângulo lateral e em câmera lenta fica fácil “defender” a bola, mas, nesse caso, defendo nosso arqueiro e não se trata de uma blindagem pela idade ou pela polêmica batalha pela titularidade. Apenas a opinião desse cronista ao assistir ao lance diversas vezes.

Após o gol sofrido, Cazares ficou ainda mais apagado e foi substituído no intervalo por Otero. Enquanto o time estava a trezentos quilômetros por hora em algumas jogadas, Cazares parecia estar a trinta, em outra dimensão. Amarelado, Martínez também não voltou e deu lugar a Nathan, que imprimiu maior velocidade à saída de bola e contribuiu com bons passes no meio. Otero não conseguiu acrescentar nada ao time e Chará fez um péssimo segundo tempo. Na última substituição de Rodrigo Santana, Vinícius demonstrou cansaço e saiu para a entrada de Geuvânio. Papagaio deu poucos toques na bola na segunda etapa, deixando evidente que o problema do homem de área é crônico no clube. Sem entrar em campo, Alerrandro sobe na bolsa de valores do ataque. Nos minutos finais, Nathan finalizou forte, Santos defendeu e, no rebote, Chará perdeu a melhor chance do jogo.

Apesar do placar apertado, o time de Tiago Nunes não fez cera, nem se retrancou. Foi para cima até com certo exagero às vezes, dando chance para o empate do Atlético. Assim como no confronto contra o Grêmio, pela Copa do Brasil, o rubro-negro se precipita em jogadas que poderiam ser mais bem trabalhadas e opta por finalizações sem perigo algum ao adversário.

Contra o La Equidad, Patric, Jair e Ricardo Oliveira voltam ao time titular e, na sequência, o Galo enfrenta o Bahia, pelo Brasileiro. As partidas acontecem no Horto, o que gera certa tranquilidade na torcida, mas a sequência traz três duelos como visitante e Rodrigo Santana tem em mãos o desafio de encontrar equilíbrio para as atuações dentro e fora de casa, afinal, foi o que o próprio treinador disse na entrevista citada no início desta crônica.

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