
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
O empate diante do Fortaleza, fora de casa, até poderia ser considerado um bom resultado, se levado em consideração o grande momento vivido pelo clube nordestino neste Campeonato Brasileiro. O Leão tem o 3º melhor aproveitamento do returno da competição. Entretanto, é o momento que o Atlético vive que faz do empate, fora de casa, um resultado ruim.
Estacionado na 7ª colocação, o Atlético tem, agora, a mesma diferença de pontos para o Athletico-PR, 6º colocado e para o Fortaleza, 10º. São 3 pontos!
Mesmo com uma atuação ruim no Castelão, foi do time mineiro as melhores chances para tirar o 0 x 0 do placar. Ficou nos pés de Ademir e Pavón as grandes oportunidades para marcar. Entretanto, mais uma vez, o Atlético falhou no momento da finalização. Esse foi um dos temas abordados por Cuca em sua entrevista coletiva.
O técnico começou a coletiva fazendo a sua leitura do que aconteceu no jogo, afirmado que o resultado foi ruim pela superioridade atleticana:
A gente avalia como um mal resultado pelo jogo que fez. Tivemos o controle do jogo, absoluto, no campo de ataque. Não foi um jogo de muitas finalizações, mas nós tivemos as melhores, sem sombra de dúvidas. Não cedemos o contra-ataque para o adversário, tivemos a posse de bola, o controle do jogo. Mais uma vez, não conseguimos fazer o gol, que é o principal. Mais uma vez, fomos superiores ao adversário, mas não estamos sendo contundentes.
E ainda completou, falando sobre a estratégia de ter uma equipe mais ofensiva no segundo tempo, para aproveitar o cansaço do time adversário:
Eu esperava uma pressão maior do Fortaleza, mas não aconteceu porque nós tomamos conta do jogo. Tivemos mais de 500 passes trocados e assim você vai desgastando o adversário. Entramos no primeiro tempo com uma equipe bastante competitiva, para que hoje, com os 30ºC aqui, com um tempo bastante úmido, para a gente ganhar no segundo (tempo). E tivemos as oportunidades na segunda etapa para vencer, com o Ademir, com o Pavón, com o Keno. Mais uma vez, uma infinidade de escanteios e a gente não está aproveitando essa bola.
O treinador ainda foi questionado sobre o planejamento da equipe para o ano que vem, mesmo tendo contrato com o clube até o final de 2022 apenas:
Estou planejando o Galo para o ano que vem, este é o meu trabalho. Mesmo que eu não fique. Estou fazendo isso com o Rodrigo Caetano, junto da comissão técnica, com o pessoal do serviço de inteligência (SCOUT). É o trabalho e eu vou tentar fazer o melhor. Mas o principal hoje é classificar esse time para a Libertadores, é o trabalho número 1. Depois a gente vê! Tem muita coisa para acontecer, se o Atlético vai virar SAF, se vai ter condições de fazer investimentos, vai ter que vender algum jogador.
Para finalizar, Cuca analisou a ausência de Hulk no time:
Ele é o definidor número 1. Vendo algumas coisas de vocês (jornalistas), ele é o responsável por 30% dos gols que a gente faz! Então é inquestionável a falta que ele faz. A gente tentou controlar aquela lesão na panturrilha, tiramos ele de alguns jogos, fazendo a recuperação dele… Mas infelizmente não foi o suficiente. Estamos buscando as alternativas, com Kardec, com o Sasha, hoje não deu para colocar o Vargas, pois tivemos que queimar uma substituição com a saída do Jemerson. O Pavón, que entrou e entrou bem. Isso aí nos dá um otimismo para acabar bem o ano, recuperando o nosso bom futebol.