DIEGO TARDELLI É BARATO DEMAIS

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Juninho, Martín Rea, Nathan, Denilson, Edinho e Leandrinho. Poderia ainda citar Samuel Xavier, Arouca, Erik, mas ficarei apenas com os números dessas seis peças. Seis jogadores que disputaram vinte e oito partidas pelo Atlético em 2018; na média, menos de cinco jogos por atleta.

Alguns deixaram a lista de relacionados antes do final da temporada e há quem sequer entrou em campo. Como o nosso treinador diz, “fulano” tem que entregar números e, de acordo com os números dos “reforços”, onde alguns enxergam economia, eu vejo um prejuízo incalculável. Em breve serão multas a serem negociadas em rescisões, como algumas citadas pelo presidente ao se despedir de Felipe Santana, Roger Bernardo etc. e talvez até gere um processo, como o caso Emerson Conceição. Quando Sette Câmara diz que não gastou nos reforços, fica claro que agentes tiveram um coração gigante e não cobraram por intermediar as negociações, que não tivemos luvas e nenhum deles recebeu salário. Gastamos! Gastamos muito e gastamos errado.

Somando os salários de todos eles, talvez fosse um valor alto para pagar a um só jogador em ano de cinto apertado na Cidade do Galo. Pagar 800 mil no fulano? De jeito nenhum! Vamos investir essa grana em vários nomes, se não der certo, a gente empresta ano que vem e paga parte dos salários para que ele siga outra equipe. Para exemplificar fora das fronteiras atleticanas, vejamos a situação do América. Nos sete meses de Brasileiro, pode ser que tenham economizado uns 7 milhões ao optar por um time sem uma grande estrela. Perderam 42 milhões em cotas de TV para 2019, fora a desvalorização da marca e renda nos jogos. Ao analisar a temporada, os dirigentes do coelho citarão a economia, ignorando o prejuízo.

Eliminados da Sul-Americana, vimos o Atl. Paranaense ficar a um passo da taça internacional e faturar mais de um milhão de reais na renda contra o Fluminense. Dias antes, nosso caixa recebeu pouco mais de cem mil reais contra o Bahia, ao pagar as despesas do evento, certamente um prejuízo enorme. Na Copa do Brasil, deixamos escapar 3 milhões só com as quartas-de-final ao ficarmos 180 minutos sem marcar contra a fraca equipe da Chapecoense. O G4 no Brasileiro garantiria 3 milhões a mais e as rendas não seriam tão baixas no Horto (metade em relação a outras temporadas).

Exemplo bom é o que tem rosto e nome – Diego Tardelli. Sem a intenção de defender leilão de atleta, já que fico sempre do lado da instituição Clube Atlético Mineiro, mas qual é o problema em gastar muito dinheiro com um jogador convocado para a seleção há um ano, vindo de uma grande temporada e que o nosso treinador conhece bem? Levir já utilizou Tardelli como meia, ponta e homem de área, opções que, atualmente, mudariam a forma do Atlético jogar no decorrer de uma partida, problema que nenhum dos últimos treinadores conseguiu resolver. No exemplo, foco apenas nos resultados em campo, ignorando a aproximação da torcida com a volta do ídolo.

Chegou o período mais chato do futebol e Diego Tardelli é sempre o primeiro nome a surgir nas especulações do Atlético. Ídolo, com a confiança do treinador, joga nas posições que precisamos e, o mais importante, BARATO DEMAIS. Caro é o Denilson.

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