
O Galo ontem jogou a vida na Libertadores e na verdade quem quase morreu de infarto fui eu. O jogo começou nervoso como um jogo decisivo de libertadores, até os 15 primeiros minutos somente um jogador se destacava em campo, o “menino maluquinho” que corria feito um doido tanto na marcação quanto no ataque e à partir daí o jogo começou a ser controlado pelo Galo.
Casares no meio e principalmente o pastor começaram a destruir o jogo, a muito tempo não via uma atuação tão impressionante quanto a do pastor ontem, a arrancada para o pênalti claro foi incrível e o que falar do segundo gol? Gol não, golaço daqueles inesquecíveis, uma verdadeira pintura, se desenhava uma goleada épica.
A cara do treinador do Danúbio era de quem não estava acreditando no que via até que, aquela máxima do Galo começou a aparecer (não tem jogo fácil para o Galo, tudo tem que ser sofrido). Aí vem a polêmica da semana inteira, Patric levanta o pé na cabeça do adversário dentro dá área. Ele não acertou o jogador Uruguaio, nem triscou, mas o pé alto já foi o suficiente para o árbitro marcar jogo perigoso ou ação temerária e marcou o pênalti.
Patric o jogador ia cabecear a bola pra trás, pra fora da área, não consigo entender pra que levantou aquela perna daquele jeito, na verdade não consigo entender como você consegue jogar no Galo, como você consegue ser um jogador profissional de time de ponta, como o Levir ainda insiste em te escalar, essas são perguntas que todos os atleticanos gostariam de saber as respostas.
No segundo tempo o time voltou apático, irreconhecível, jogando todo recuado e tentando achar um contra ataque. E aí começou o sofrimento, o volante deles me acerta um chute lá da intermediária no ângulo indefensável e faz o segundo gol e ali começou o verdadeiro sentimento de ser atleticano, um sofrimento danado.
Eu olhava mais para o relógio do que para o campo, me perguntando onde estava aquele time do primeiro tempo. O que vimos ontem é que temos um bom time por meio tempo, no Uruguai também foi assim, temos que melhorar nosso preparo físico e, principalmente, a postura dentro de campo.
Ontem por pouco não destruímos o sonho do bi da libertadores, Levir claramente vai ter que rever seus conceitos que não estão funcionando bem na marcação, mas no final deu Galo, com sofrimento, mas deu Galo.
Passamos para a próxima fase de novo contra um time Uruguaio, falta pouco para esse time chegar em um ponto confiável, não podemos parar de procurar por mais uns dois ou três reforços.
O Tardelli foi para o Grêmio, que seja feliz lá, temos que focar no Galo, somos fortes, eu confio no trabalho feito e na comissão técnica, temos tudo para passar pela próxima fase e chegar na fase de grupos.
Assim é o Galo, com sofrimento mas trazendo um orgulho danado aos seus torcedores.
Eduardo Guerra.
Foto: Bruno Cantini/Atlético