
Fala, massa!
No último domingo não tive coragem de desejar que os papais do twitter tivessem um dia feliz antes do juiz apitar o final de Galo e Santos, no Independência. Sabe como é, do jeito que as coisas vinham caminhando era grande a chance dos patriarcas alvinegros passarem o resto do domingo putos da vida graças ao Atlético. Ainda bem que tudo terminou bem e pudemos abraçar nossas crias com o coração cheio de alegria, nossos pais cheios de orgulho e agradecimento por terem nos ensinado que o Galo é Galo e o resto é bosta.
O fato é que a maratona dominical nos reservou vários sentimentos em seqüência: expectativa, alegria, ódio mortal, alívio, aflição e redenção, exatamente nessa ordem. Somente após Ricardo Oliveira anotar o terceiro gol atleticano é que respiramos aliviados, certos de que o Dia dos Pais seria feliz de verdade. Aliás, o pastor provou em números o que todos já estão cansados de saber: se mete a bola pra ele em condições, ele guarda mesmo. Foram três finalizações no jogo, com dois gols anotados e uma bola no travessão.
Assim, o que o Galo precisa mesmo – além de um reforço bruto na defesa – é de alguém que deixe Ricardo Oliveira de frente para o crime. Cazares é esse cara? Se tiver focado e com vontade de jogo, sem dúvida. Problema é que essa vontade parece vir de vez em quando, justo quando ninguém acredita. Cabe ao equatoriano quebrar esse ciclo vicioso de “jogar bem, virar titular, não arrumar nada, voltar pro banco, entrar no segundo tempo, jogar bem, virar titular, não arrumar mais nada, voltar pro banco…” e ser de uma vez por todas o camisa 10 que tanto necessitamos. Se ficar nesse loop eterno, infelizmente será só mais um mané que terá perdido a chance de virar ídolo por aqui. Se resolve jogar…
Eu sempre torci para que ele confirmasse o apelido carinhoso de Pelé do Equador.
Futebol ele tem. Só precisa parar de esconder.
#GaloSempre