É campeão?! Atlético não toma conhecimento do América e atropela em primeiro jogo da final

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Atlético e América abriram a disputa da grande final do Campeonato Mineiro, na tarde deste sábado (8), no estádio Mineirão. O Galo, em busca de uma hegemonia estadual que dura desde 2020, jogou em busca de adiantar sua conquista do hexacampeonato mineiro, enquanto o Coelho começa sua jornada para tentar um título que não conquista desde 2016.

E se existia alguma expectativa de que esse jogo seria equilibrado, logo o Atlético tratou de deixar claro o porque tinha o favoritismo: dominou e foi eficiente no jogo do primeiro ao último minuto. Com gols de Arana, Lyanco (2) e Rony, o Galo venceu o Coelho por 4 a 0 e colocou, praticamente, as duas mãos na Taça do Campeonato Mineiro de 2025.

ESCALAÇÕES

Com algumas ausências no ataque – sem Hulk e Júnior Santos – por conta de lesões, o técnico Cuca optou por montar um time num desenho tático diferente, colocando Rubens entre os titulares e mantendo um ataque apenas com Rony e Cuello. Dessa forma, o Galo foi a campo da seguinte forma:

Já do lado alviverde, William Batista, sem poder contar com Matheus Mendes – o América não exerceu a opção de pagar a multa ao Atlético pra contar o jogador -, optou por Jori debaixo das traves e colocou Mariano, ex-Atlético, como titular da lateral-direita. Confira:

O JOGO

Fazendo valer o mando de campo e a presença da sua torcida no Mineirão, o Atlético iniciou o jogo em um ritmo bem mais intenso que o América, obrigando a defesa do Coelho a trabalhar desde o segundo minuto de jogo. E nessa pressão, não demorou muito para o Galo abrir o placar – contando com uma ajuda do goleiro Jori – em um cruzamento rasteiro despretencioso de Guilherme Arana, Jori acabou aceitando um clássico ‘frango’, deixando a bola passar entre suas pernas e morrendo no fundo do gol. Atlético 1 a 0 aos 7 minutos de jogo.

A “blitz” atleticana não cessou com o gol. O Atlético seguia pressionando, principalmente buscando as movimentações de Rony e as ultrapassagens de seus laterais, que tinha facilidade em trabalhar com a bola e levavam perigo ao gol defendido pelo Jori. O Coelho dificilmente conseguia levar algum perigo no contra-ataque e os atacantes mal participavam da partida.

A situação do Coelho se complicou ainda mais quando Cauã Barros, volante do América, foi expulso aos 22 minutos da primeira etapa, após acertar um tapa em Cuello, numa disputa na lateral do campo. O VAR nem precisou de ser acionado para revisar o lance.

Com total controle do jogo, o Atlético não tinha pressa pra chegar ao ataque, mas sempre chegava com perigo, imprimindo o ritmo e decidindo quando apressar o passe. E foi nessa toada que, roubando a bola no campo de ataque, o zagueiro Lyanco tabelou com Gustavo Scarpa e apareceu para finalizar, no meio das pernas de Jori, que aceitou. Atlético 2 a 0 aos 41 minutos de jogo.

E assim o primeiro tempo foi finalizado, com amplo domínio alvinegro e sem qualquer ameaça do América em tentar reverter a situação.

O segundo tempo começou e se alguém achou que o Atlético fosse diminuir o ritmo, se enganou profundamente. Numa jogada que nasceu na cobrança de escanteio, Gabriel Menino cruzou com perfeição para Lyanco, que testou com firmeza, sem chance para Jori. Atlético 3 a 0 aos 2 minutos do segundo tempo.

E virou goleada com facilidade: o time seguia em busca de aumentar e matar o título já no primeiro jogo, e faltava o gol dele: Rony, acionado nas costas da defesa, só posicionou o corpo e chutou com extrema categoria para o fundo das redes. Atlético 4 a 0 aos 18 minutos da etapa final.

Para um público de 47.036 pessoas e uma renda de R$ 4.139.803,02, o técnico Cuca não diminuiu ou deu sinais de que iria recuar e preservar o time, pelo contrário, promoveu como primeira substituição a entrada do centroavante Deyverson no lugar de Gabriel Menino. Logo depois, foi a vez de Caio Paulista e Bernard entrarem nos lugares de Rubens e Cuello, respectivamente. E, por fim, as últimas alterações foram as entradas de Igor Gomes e Patrick, saíram Scarpa e Rony. Apesar do fôlego renovado da metade do time e mantendo o controle da partida, o quinto gol acabou não saindo, o que não diminuiu em nada a festa da torcida nas arquibancadas do Mineirão, que cantava a plenos pulmões “É, Campeão!”

O que vem por aí…

Agora o Atlético terá uma semana inteira de trabalho para chegar ao próximo confronto da final do estadual e, de forma protocolar, garantir o título do Campeonato Mineiro. A grande final será disputada no sábado (15), às 16h30, inicialmente marcada para o Independência, mas há alguma possibilidade de que o Coelho reverta o mando e leve o confronto para o Mineirão, com a intenção minimizar a derrota e ficar com uma boa renda.

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