Em coletiva, Sérgio Coelho e Bruno Muzzi respondem sobre futuro do Atlético

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A tarde desta terça-feira (14) foi marcada por uma entrevista coletiva do presidente do Atlético, Sérgio Coelho, e do CEO do clube, Bruno Muzzi. Em pouco mais de uma hora de conversa com os jornalistas, foi falado sobre o futuro do Galo com a SAF, aportes no futebol, utilização de atletas proveniente da base no profissional, pagamento de dívida e muito mais.

Confira algumas das respostas:

Investimentos no futebol com a SAF

Sérgio Coelho: Essa é uma das premissas nossas! Todos os recursos que forem gerados do futebol, ficarão no futebol!

Bruno Muzzi: Aqueles números falados na última entrevista permanecem. Serão R$210 milhões de folha (salarial) e R$40 milhões no investimento. Nós temos um orçamento a ser cumprido na venda e na compra de jogadores, então esses números se mantém. Obviamente que se a gente vender a mais, isso será revertido. Como o Sérgio disse, toda receita que a gente tiver, proveniente a venda de jogadores, além daquilo já orçado, ela será revertida para o futebol.

Presidência da Associação

Sérgio Coelho: Quando nos aprovamos a SAF, os 4R’s conversaram comigo para que eu fosse um CEO do Atlético. Seriam 2 CEO’s, eu e o Bruno (Muzzi). Eu ficaria exclusivamente com o futebol e todas as outras áreas ficariam com o Bruno. E naquele momento eu falei ‘se é isso que vocês me pedem, eu vou colaborar e cuidar do futebol’. Seguidamente, fomos para um encontro onde o Bruno não pôde estar presente e fizemos um convite para o Dr. Zé Murilo ser o presidente da Associação e o vice dele seria o Márcio André de Brito, nosso conselheiro de muitos anos. Os dois aceitaram o convite e ficou acertado que seria isso.

Passado alguns dias eu pensei ‘não posso ser um gestor da SAF, se foi a nossa gestão que fez a negociação com essa empresa’. Então eu declinei deste convite que seria remunerado e que é legal, mas no meu entendimento, é imoral! Foi então criado o comitê do futebol, onde fiquei responsável por ele. Nenhum de nós, neste comitê, recebe algum valor, com exceções do Bruno (Muzzi) e do Rodrigo (Caetano), que são executivos, profissionais.

Após muita conversa com a minha família e com o Dr. Zé Murilo, eu tomei a decisão de ser o candidato (presidência da Associação).

Precificação dos ingressos na Arena MRV

Bruno Muzzi: As precificações acontecem a cada jogo, de acordo com a rodada, com o grau de rivalidade, o momento do torcedor ali dentro do mês… Existe uma série de variáveis que a gente coloca dentro da discussão. Debatemos isso a todo instante. Vamos continuar precificando, jogo a jogo, precisamos encontrar esse ponto de equilíbrio. Precisamos ter uma média de faturamento que estamos tendo, nesses 8 jogos, que é na casa de R$2 milhões de bilheteria. A expectativa para 2024, se pensarmos em 35 jogos, é de R$70 milhões de bilheteria. Agora isso vais oscilar, tem Campeonato Mineiro, Libertadores, momentos dentro do Brasileiro. A derrota diante do Cruzeiro, por exemplo, deu uma desanimada na turma. Então acredito ter muitas variáveis do que simplesmente o preço por si só. É assim que vamos pautar!

Pagamento das dívidas na SAF

Bruno Muzzi: Essa é uma característica que nos diferencia das demais SAF’s. A nossa SAF, diferente das demais, ela não isolou a dívida na Associação, não deixamos que essa dívida fosse para uma recuperação judicial ou para um regime centralizado de execução. A SAF do Atlético ela zerou a dívida da Associação, embora independente das transferências, os contratos assim refletem. A obrigação com a dívida é toda da SAF. A SAF é responsável, integralmente, pelo pagamento do endividamento completo da Associação. Então precisamos honrar com essas dívidas de forma integral.

Aporte do FIGA

Bruno Muzzi: Em relação ao FIGA, temos contratualmente, 3 anos de aporte. Isso é o contrato. Mas eu espero que em 2024 a gente preencha ele integralmente, essa é minha perspectiva. O FIGA, como ele é um fundo regulado, ele tinha uma questão burocrática de definição de investidores qualificados, investidores profissionais. Então isso demorou um pouquinho mais.

Utilização de jogadores provenientes das categorias de base no profissional

Sérgio Coelho: Nós precisamos ter um número mínimo, de atletas formados no clube, no elenco principal. Hoje e também para 2024, nós temos 7 que subiram recentemente. O Gabriel Delfim (goleiro), o Vitor Gabriel (lateral), Rômulo (zagueiro), Paulo Victor (volante), Kadu (atacante, Alisson (atacante) e Isaac (atacante). Temos 3 que já estão tem mais tempo, o Rubens, o Jemerson e o Matheus Mendes. Nós fizemos uma grande reformulação na base, hoje temos processo e metodologia. Mas esse processo é longo. Estamos fazendo essa reformulação, colhendo alguns frutos. Para se ter uma ideia, o investimento na base, no ano anterior ao que assumimos (2020), era R$13 milhões e hoje são quase R$30 milhões. Então, estamos trabalhando para que a base forneça muitos jogadores para o elenco principal.

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