
O atacante Paulinho, do Atlético, se apresentou na noite da última segunda-feira (13) à Seleção Brasileira. Com 28 gols na temporada, sendo 17 só no Campeonato Brasileiro (artilheiro isolado na competição), o jogador é o grande destaque do Galo na temporada e um dos principais no futebol brasileiro.
A seleção entra em campo nesta quinta-feira (16), diante da Colômbia e na próxima terça-feira (21), contra a Argentina.
Mas antes de se apresentar ao time de Fernando Diniz, Paulinho participou de uma entrevista para o canal do jornalista Duda Garbi. Confira a seguir os principais temas abordados:
A escolha pelo Atlético:
Teve a questão do elenco, da montagem do elenco. Eu não queria vir para um clube só para jogar, queria disputar, competir. O Rodrigo (Caetano) me garantiu que montaria um excelente elenco, como montou. Teria ainda a inauguração da Arena, as competições que iríamos jogar. Aí eu falei ‘é o clube que eu tenho que ir’.
O Atlético foi o clube que me abriu as portas, me deu total confiança e eu cheguei já me sentindo em casa.
A responsabilidade:
Desde quando eu cheguei eu sabia do meu peso, sabia da minha responsabilidade como jogador, chegando da Europa, em um clube que almeja competições grandes, como o Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil. O Mineiro a gente sabe que todo ano chegamos para ser campeão. Então depois da eliminação para o Palmeiras (Libertadores), eu sabia da minha responsabilidade, da que eu tive no jogo, tive a chance mais clara da partida e sabia que poderia ter mudado a história ali.
O momento artilheiro:
O início do trabalho do ano, a forma com que o Coudet joga. A forma com que ele joga, mudou bastante as minhas características. Ele descobriu uma posição para mim, jogando como segundo atacante. Assim eu fico próximo a área, muito perto do gol e onde ele fez com que o time jogasse para esses atacantes. O estilo de jogo dele é esse. (…) Com esse novo posicionamento que ele descobriu, eu comecei a fazer bastante gol, comecei a ter bastante chance de gol. Com o Coudet eu tinha 4 ou 5 oportunidades de gol por jogo. Eu sempre fazia 1 ou 2 e isso me ajudava muito. Me deu uma certa confiança e uma certa tranquilidade.
A chegada de Felipão:
Quando o Felipão chegou, é um estilo completamente diferente, completamente do oposto que a gente estava acostumado. A forma de trabalhar do Coudet no dia a dia era bastante diferente. Então é normal em um primeiro momento as coisas não irem bem. Tem que ter uma readaptação.
No começo mudou (posicionamento em campo). Eu fui jogar na ponta, tinha que jogar acompanhando o lateral. Isso dificultou, para mim, particularmente e para outros jogadores também. Eu fiquei muito longe do Hulk e acabou tendo pouca conexão nesse período. Aí o Felipão foi entendendo (que precisávamos estar mais perto). Jogo a jogo fomos buscando, ganhando mais confiança e hoje encontramos uma forma melhor para atuar. Eu e o Hulk estamos muito próximos, ele me dá muita liberdade de movimentação, dá essa liberdade para o Hulk para criarmos jogadas ali na frente. Isso está ajudando bastante o time!
O “casamento” perfeito entre Hulk e Paulinho:
As características dele, um cara que gosta de jogar muito com a bola no pé, gosta de jogar de frente, faz muito bem esse giro para a perna boa. E eu sou um jogador que gosta de infiltrar, fazer a tabela curta. Como ele joga sempre com a cabeça em pé, tem essa facilidade para jogar. Acho que isso casou muito bem. Pegando a ideia de jogo do Coudet, ele colocou a gente para jogar muito junto desde o começo da temporada, o que facilitou muito para a gente. E acho que isso ajudou muito para a estarmos fazendo muitos gols.
Coudet:
Ele com o grupo, tá louco, tinha uma amizade absurda. Tínhamos muita conexão. Com relação ao Chacho e a comissão dele, a gente não tem o que falar. O cara queria vencer, queria ganhar junto com a gente. A comissão tinha uma amizade muito boa com o grupo. Quando ele foi embora, não que nos surpreendeu, era uma briga dele com a diretoria. Nós, como jogadores, não tínhamos como colocar o dedo nisso.
Voltando a falar da nossa relação com ele, que era muito boa, tanto que quando ele foi embora mesmo, fizemos um churrasco na casa do auxiliar dele, o Ariel, onde todo mundo se despediu fizemos uma resenha ali e ficou tudo de boa! É um cara que dispensa comentários, tanto ele como toda a comissão, que são pessoas totalmente profissionais e gente boa.
A entrevista completa você pode assistir abaixo: