Atlético e Vitória se enfrentaram na noite deste domingo (31), no Barradão, pela 22ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Ambos os times entraram em campo em busca de uma resposta para seus torcedores e também perseguindo uma recuperação dentro do próprio Brasileirão. O Vitória vem da maior goleada sofrida por um clube no campeonato, o 8 a 0 para o Flamengo, enquanto o Galo tem o pior aproveitamento de um clube da Série A após a Copa do Mundo de clubes.
Outro detalhe do confronto estava nos bancos de reservas das equipes: tanto Vitória quanto Atlético foram ao jogo sob o comando dos interinos. Após a goleada, o Leão demitiu Fábio Carille e Rodrigo Chagas comandava o time na beira do campo. No lado alvinegro, Lucas Gonçalves era quem dava as ordens após a demissão de Cuca. Vale ressaltar que o Atlético está próximo de confirmar um novo treinador, o argentino Martín Anselmi.
Para o confronto desta noite, Lucas optou por repetir o time que entrou em campo na derrota para o Cruzeiro, na Copa do Brasil, no meio da semana. Dudu seguia titular, enquanto Rony começava no banco. A dupla de canhotos na zaga com Vitor Hugo e Junior Alonso também chamava atenção. Assim foi o Galo em campo:
Primeiro tempo:
O jogo começou com os dois times disputando espaços, mas sem muita qualidade técnica nas construções das jogadas. O Vitória tentava aproveitar os espaços com maior presença no campo de ataque e foi assim que chegaram rapidamente ao seu gol: Osvaldo carregou pelo meio e serviu Erick na entrada da área, que com extrema categoria, fez um golaço, acertando o ângulo de Everson. Vitória 1 a 0 Atlético aos 5 minutos de jogo.
A chuva castigava o Barradão e deixava o jogo ainda mais truncado. O Atlético tentava buscar uma resposta, principalmente acionando os lados do campo, na dobradinha com Arana e Cuello, mantendo a posse de bola dominante da partida, mas sem conseguir levar perigo real ao gol de Lucas Arcanjo.
O Vitória, entendendo a limitação de criação de jogadas do Atlético, optou por seguir pressionando o Atlético na saída e obrigando o time mineiro a forçar bolas longas para sair do campo de defesa. A estratégia também serviu pra forçar ao erro dos defensores do Atlético. E foi assim que o rubro-negro quase ampliou o placar, com Renato Kayzer aproveitando erros da dupla de zaga alvinegra e finalizando de calcanhar, mas Everson foi seguro.
Aos poucos o jogo foi se equilibrando e ficando também mais truncado, com faltas começando a ficar mais recorrentes como estratégia para matar ataques. Hulk começou a ser mais acionado no comando de ataque e o Galo viu suas oportunidades aumentarem, a primeira em uma infiltração nas costas da zaga em que finalizou com perigo, mas pra fora. Depois em cobranças de escanteio, que levaram perigo ao gol do Vitória.
Superando os 70% de posse de bola, o Atlético subia sua equipe em maioria pro ataque e tentava envolver a defesa do Vitória. Hulk quase empatou em um chute da entrada da área, em que obrigou Lucas Arcanjo a fazer grande defesa. Ao Vitória restava o contra-ataque, mas com pouca efetividade principalmente pela dificuldade técnica de criar boas jogadas. Apesar de terminar o jogo com superioridade, o Atlético não conseguiu responder em campo e o jogo terminou com o triunfo parcial do Vitória por 1 a 0.
Segundo tempo:
Para a etapa final, o Atlético voltou a campo sem alterações e a chuva voltou a cair no Barradão. O Galo mantinha o ritmo do final da primeira etapa, com mais volume ofensivo, mas com pouca criatividade na construção final. O Vitória seguia tentando puxar contra-ataques, mas também não levava muito perigo.
As melhores oportunidade seguiam surgindo em erros de saída. O Leão chegou a levar perigo ao Everson em falha da zaga, mas Everson seguia fazendo boas defesas. As primeiras alterações do interino Lucas Gonçalves aconteceram aos 13 minutos: Dudu, em um jogo muito apagado, deu lugar a Igor Gomes, na tentativa de ganhar ainda mais presença no meio de campo e Reinier, mais próximo de Hulk, entrou no lugar do zagueiro Vitor Hugo.
Apesar da superioridade de homens no campo de ataque, a baixa produtividade ofensiva deixava o Vitória confortável no campo de defesa e buscando contragolpes perigosos. Nesse desenho de jogo, o Atlético acabou tendo dois jogadores amarelados em faltas para matar o avanço rubro-negro quase na sequência: Alexsander e Junior Alonso.
Outra mudança visando a força ofensiva do Galo foi a saída de Natanael para a entrada de Biel, aos 22 minutos do segundo tempo, mas as melhores chances seguiam sendo de finalizações de média e longa distância. Scarpa levou perigo ao gol de Lucas Arcanjo em uma finalização de fora da área, mas a bola foi pra fora.
A melhor chance do Galo aconteceu aos 34 minutos, em ótima infiltração de Cuello na área, batendo cruzado e acertando a trave. Na sequência, as últimas alterações já aconteceram na etapa final da partida. Lucas colocou em campo o atacante Rony e o meia Gabriel Menino, nos lugares de Gustavo Scarpa e Alexsander, respectivamente.
A pressão do Galo continuava, Lucas Arcanjo seguia trabalhando. Em campo, o time alvinegro tinha 4 atacantes de origem, 3 meias com características ofensivas, 1 volante, 1 lateral e 1 zagueiro. O Vitória, que já havia abdicado da posse da bola, se segurava como podia das investidas do time alvinegro, que chegava a 70% de posse de bola no campo de ataque.
Com 8 minutos de acréscimo, o Vitória seguia segurando a pressão do Galo da forma como podia, mantendo seus 11 jogadores no campo de defesa. O Atlético seguia pressionando, principalmente com infiltrações laterais e cruzamentos pra área, mas sem eficiência.
No final, o Vitória conseguiu se segurar o Atlético, com número alto de finalizações, mas poucas chances realmente claras. Vitória 1 a 0 Atlético.
O que vem por aí…
Agora o Atlético tenta aproveitar da parada do futebol brasileiro, por conta da data FIFA, para ajustar seu time, recuperar jogadores e se adequar ao novo técnico, que deve ser anunciado e chegar ainda nesta semana a Belo Horizonte. O próximo confronto é contra o Cruzeiro, no jogo de volta da Copa do Brasil, válido pelas quartas de final da competição.