O Diretor Financeiro do Atlético e da Arena MRV, Thiago Maia, foi um dos entrevistados na noite da última segunda-feira (20) na estreia do novo podcast do clube, o Galocast.
No bate-papo que aconteceu dentro da nova casa atleticana, Thiago foi questionado sobre os borderôs dos jogos do clube, que não apresentam um lucro tão alto, quando comparado com outros times que possuem estádio próprio, como Grêmio e Palmeiras.
Confira um comparativo entre os 3 clubes em partidas com o público parecido, nos seus respectivos estádios, neste Campeonato Brasileiro:
Sobre os borderôs e como o Atlético planeja aumentar o lucro, o diretor respondeu:
Os borderôs não são comparáveis. Vou dar um exemplo: o nosso maior custo hoje é com segurança, é onde precisamos atuar mais. Você consegue abaixar o custo quando consegue contratos de longo prazo, negocio com o fornecedor e passo a pagar uma nota fiscal por mês. Então esse custo com segurança ele passa a não entrar no borderô, ele passa a ser pago uma vez por mês, ele entra na minha demonstração financeira.
Hoje estamos contratando por jogo, mas obviamente que a tendência é contratar por períodos maiores. Então se você pegar diversos borderôs, não vai ter o custo com a segurança em muitos deles. Por este motivo os custos não são comparáveis. Mas isso não quer dizer que não precisamos diminuir os custos. (…) Se você quiser analisar resultado, é na demonstração financeira auditada.
E completou, falando sobre qual a margem que planeja chegar no futuro:
A margem hoje é boa, bem acima do que nós tínhamos no Mineirão, mas ainda muito aquém do que a gente quer. É uma margem (lucro) que hoje está na casa dos 50%, mas acredito que vamos chegar em 60% ou 70%. Esse seria (o ideal), é a margem que a gente quer buscar.
Outro ponto importante; os borderôs dos jogos da Arena MRV não contam com os ganhos que o Atlético tem, por exemplo, com os bares, estacionamento, placas de publicidade, cadeiras cativas vendidas…
Thiago Maia falou sobre o lucro do clube com a parte da alimentação:
Está entre R$200 mil e R$300 mil a parte do Atlético. Como funciona a parte de alimentação e bebida? Temos aqui 43 bares, fizemos uma licitação onde a Gourmet Sports venceu. Eles montaram tudo. Tudo aquilo que você vê dentro dos bares, foram efetuado por eles. Eles gastaram mais de R$10 milhões. É um contrato de 5 anos que a gente fica com aproximadamente 20% do resultado líquido. E isso não está no borderô.
Sobre o estacionamento, o diretor respondeu:
O estacionamento é algo parecido, que fizemos a licitação, várias empresas fizeram a concorrência e entregamos no osso. A Estapar nos adiantou R$5 milhões e gastou mais R$5 milhões em investimento. A gente fica também com um percentual do estacionamento. Nem de longe é a nossa maior receita, que nos rende em torno de R$2 milhões por ano. Fora que vendemos 250 vagas, que nos render R$12 milhões, o que nos ajudou na construção do estádio.