EMPATE COM GOSTO DE VITÓRIA EM DIA DE FALHAS DA DEFESA

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Com a corda no pescoço diante da sequência negativa no Brasileiro, o Atlético foi até o Ceará para enfrentar o Fortaleza na luta direta das duas equipes contra o rebaixamento. Vagner Mancini já havia indicado no último treino que a escalação poderia trazer surpresas para o torcedor atleticano. E assim foi, com Patric na lateral esquerda, Zé Welison, Geuvânio e David Terans de volta ao time titular, Elias e Fábio Santos no banco de reservas, o Galo entrou em campo com a missão de frear o percentual de chances de rebaixamento, que não parava de crescer nas últimas rodadas.

Enquanto as equipes se posicionavam para o hino nacional, o Atlético divulgava em seu site a matéria em que destacava a hegemonia da base alvinegra em Minas Gerais. No profissional, a garotada formada no clube conta com raras chances e vê peças sem destaque algum na temporada continuando entre os escolhidos pelos treinadores que passam por aqui, mesmo que por pouco tempo.

Patric ocupou a lateral esquerda por poucos minutos. Guga sofreu um choque de cabeça com o adversário, tentou continuar em campo, mas não conseguiu e deixou o estádio para ser atendido pela equipe médica. Lucas Hernández, que já viu Hulk ocupar a posição na ausência de Fábio Santos, segue sem convencer o treinador.

O Fortaleza abriu o placar com Gabriel Dias, de cabeça, após cruzamento de Osvaldo. O lance deixou evidente dos pontos fracos do sistema defensivo alvinegro, a bola aérea contra a zaga atleticana e as tentativas de sair do gol de Cleiton para antecipar cruzamentos. A pressão pelo empate ficou ainda maior com o Castelão em festa. Por pouco o Atlético não empatou três minutos depois na finalização de Luan. Autor do primeiro gol, Gabriel Dias tirou de calcanhar, praticamente em cima da linha.

A equipe de Vagner Mancini apostava no erro da equipe cearense que optou por colocar a bola no chão e sair com troca de passes, muitas vezes acionando o goleiro Felipe Alves. Foi em um lance de tentativa de saída em troca de passes que Felipe precisou espanar a bola com os pés, mas Patric estava atento e pegou de canhota, quase do meio-campo. O arqueiro do Fortaleza chegou a tempo de encostar na bola, mas sem a firmeza necessária na mão para impedir o golaço do lateral direito. Minutos depois, a defesa do Atlético voltou a errar na bola aérea e o Fortaleza aproveitou para ficar à frente do placar. Juninho cobrou escanteio e, de novo, Gabriel Dias escorou de cabeça para o fundo das redes. O placar do primeiro tempo poderia ser ainda maior, principalmente pelos lances que envolviam um sonolento Réver.

No intervalo, Nathan foi substituído por Bruninho. Nem deu tempo de ver como ficaria a postura do time de Vagner Mancini com a mudança, pois Geuvânio foi expulso nos primeiros segundos da segunda etapa. Mesmo com um a menos, os comandados de Rogério Ceni tiveram a postura de garantir a vitória e passaram a se defender, com raras investidas no ataque. Marquinhos foi quem deu mais movimentação nas jogadas de ataque após entrar no lugar do apagado David Terans. Foi o jovem atleta quem iniciou a jogada do gol de empate ao dominar e ir para cima dos adversários, na dividida, a bola sobrou para Fábio Santos chutar cruzado e colocar no fundo do barbante.

Com dez em campo durante todo o segundo tempo, o Atlético conseguiu garantir o empate e volta para Belo Horizonte com um ponto na bagagem. Apesar dos inúmeros defensivos e do técnico Vagner Mancini, Galo e Fortaleza chegam a 36 pontos, com o alvinegro na décima terceira posição. O próximo adversário é o Goiás, quarta-feira (06), no Mineirão. Cazares e Otero, suspensos contra o Fortaleza, voltam a ficar à disposição do treinador.

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