EMPATE COM SABOR DE DERROTA NA BAHIA

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Quem demorou para se acomodar no sofá perdeu o gol do Atlético aos 4 minutos de jogo. Yimmi Chará e Patric começaram a jogada pela direita, a defesa do Bahia afastou mal e Chará, dessa vez pelo esquerdo, disputou a bola na entrada da pequena área, deixando Matheus Galdezani de frente para o gol de Anderson. Três marcadores tentaram cortar a finalização, mas não impediram o primeiro gol de Galdezani com a camisa alvinegra.

Estar na frente do placar fez o Galo abrir mão do ataque ainda no primeiro tempo. A pressão do Bahia começou logo em seguida e, mesmo nos minutos iniciais, o Atlético abusava da cera em todas as paralisações. Victor era vaiado pela torcida tricolor sempre que atrasava a cobrança do tiro de meta. Não demorou para que o goleiro recebesse o cartão amarelo pela demora na reposição da bola, ainda no primeiro tempo.

Sem conseguir trabalhar a bola nos contra-ataques, o time de Thiago Larghi insistia em lançamentos à procura de um apagado Ricardo Oliveira. O resultado da inoperância em segurar a bola na frente foi o ataque do Bahia rondando a área atleticana todo o tempo, apesar da dificuldade em transformar a posse em finalizações.

Enderson Moreira e Thiago Larghi não mexeram no intervalo e a pressão tricolor continuou na segunda etapa. Uma das principais armas do Bahia foi a bola aérea com Tiago, ex-zagueiro do Atlético. Aliás, foi o defensor quem protagonizou um dos lances mais perigosos do Galo ao errar um chute e quase marcar contra. Os comandados de Enderson também abusaram das quedas na área à espera de uma marcação de pênalti. Quando Ricardo Oliveira tentou afastar o perigo e Iago Maidana impediu a passagem da bola com a mão dentro da área, o árbitro não marcou.

Na tentativa de mudar o comportamento do time, Larghi substituiu Luan por David Terans e Matheus Galdezani por Cazares, mas o Bahia continuava melhor na partida. Em impedimento não marcado pela arbitragem, Gilberto recebeu livre, arriscou de longe e Victor não conseguiu evitar o gol de empate aos 38 minutos do segundo tempo.

Após o gol de Gilberto, Elias deixou o gramado para a entrada de Bruno Roberto. O Galo passou a se arriscar mais no ataque e Chará deixou Ricardo Oliveira livre para marcar nos acréscimos. Com vários gols sofridos nos minutos finais no Brasileiro 2018, o time de Thiago Larghi parecia vacinado para segurar a vitória na Arena Fonte Nova, mas o pesadelo veio mais uma vez em bola parada.

Léo cobrou lateral, Patric afastou para o meio da área e Régis não perdoou. O gol de empate do Bahia aos 49 minutos da segunda etapa engrossa a lista de tropeços do Galo na competição e a dificuldade em segurar resultados, seja no Horto ou como visitante. Apesar da péssima atuação de todo o time, Thiago Larghi elogiou o futebol apresentado pelo Atlético. O treinador tem o melhor ataque do Brasileiro com 30 gols marcados e a segunda pior defesa com 24 gols sofridos.

Desde a pausa do campeonato para a Copa do Mundo, quando perdeu peças importantes no grupo, o Galo não consegue emplacar boas atuações. Fora da Copa do Brasil e da Sul-Americana, o Atlético terá folga no meio da semana e só volta a campo na próxima segunda-feira, no Independência, às 20h, contra o Internacional. Mesmo com o empate e a quarta colocação do Brasileiro, o alvinegro volta para Minas com sabor de derrota.

https://www.youtube.com/watch?v=GkFknmuXWRc

Veja os gols da partida

 

FOTO DE CAPA: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

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