O goleiro Éverson deixou o gramado da decisão da Sul-Americana com um sentimento de frustração. Após a derrota do Atlético-MG para o Lanús, o camisa 22 admitiu que o time teve condições de sair campeão, mas esbarrou em erros nos momentos mais importantes da partida. Segundo ele, o Galo criou as melhores oportunidades, porém faltou precisão quando a vitória esteve ao alcance.
O lance mais lembrado por Éverson foi a chegada de Biel, já na prorrogação, quando o atacante recebeu em condições de marcar. Para o goleiro, aquela jogada representou a grande chance da final. Ele destacou que a equipe se apresentou bem e conseguiu acelerar o jogo quando necessário, mas deixou escapar justamente o detalhe que costuma definir confrontos desse nível: o capricho na conclusão.
“Sim, com certeza (frustração maior porque o Galo criou as melhores chances). O jogo não foi bonito, foi muito nervoso, disputado, a equipe deles veio para jogar no nosso erro e tentamos errar o menos possível. Acho que fiz uma defesa, mas tranquila. Talvez faltou caprichar no último passe, tivemos a bola do jogo na prorrogação e o goleiro acabou defendendo. Tivemos a bola do jogo, a chance mais clara foi nossa e a bola na trave do Bernard. Infelizmente não conseguimos conquistar o título”, lamentou Everson em entrevista à ESPN.
Outro ponto que pesou na análise do goleiro foi a sequência de lances em que o Atlético-MG esteve perto de abrir o placar, como a finalização de Bernard que explodiu na trave. Para Éverson, esses momentos reforçam a sensação de que o time poderia ter encaminhado o resultado antes dos pênaltis, evitando o desfecho amargo.
Na disputa das penalidades, ele confessou ter saído ainda mais incomodado por ter acertado o canto em uma das cobranças adversárias, mas não conseguir defender. Mesmo assim, reconheceu o esforço dos companheiros e lamentou que o desempenho coletivo, embora competitivo, não tenha sido suficiente para garantir o título.
Com semblante abatido, Éverson afirmou que o elenco tinha consciência do que precisava fazer e chegou perto do objetivo, mas não conseguiu transformar o volume de jogo em vantagem no placar. A derrota, segundo ele, deve servir como aprendizado para as próximas decisões, especialmente por mostrar que, em jogos grandes, pequenos detalhes podem mudar completamente o rumo da história.
“A maior frustração é essa (acertar o lado e não defender), pelo terceiro pênalti e pelo que antecedeu a nossa derrota, Passo da bola no terceiro e do último batedor não tinha nenhuma referência. Foi no feeling, a bola acabou quicando e saiu da minha mão. Fica um sentimento de tristeza por ter chegado tão perto, ter analisado tão bem os adversários e infelizmente a bola passou tão perto e não consegui defender”, finalizou.
Com a conquista dos argentinos, o Brasil terá oito equipes na próxima edição da Copa Libertadores. Dessa forma, resta ao Galo tentar uma classificação via Campeonato Brasileiro. A equipe agora “junta os cacos” para encarar os próximos quatro jogos do torneio nacional. Na próxima terça-feira, às 21h30 (de Brasília), o Atlético enfrenta o Flamengo, na Arena MRV, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.