
Minas Gerais e França têm muita coisa em comum: a área é quase a mesma, algo em torno de 600 mil km². Ambas são famosas pela bebida que produzem, o vinho lá e a cachaça aqui. As duas fabricam o melhor queijo da região e viveram, em 1789, movimentos revolucionários semelhantes. “Libertas Quæ Sera Tamem” remete quase que automaticamente a “Liberté, Egalité, Fraternité”.
Belo Horizonte foi construída sob forte inspiração nos traçados de Paris. Quando BH estava sendo planejada, Paris vivia sua grande reforma arquitetônica, sob a batuta do Barão Haussmann.

Milagre: O galo da flecha de Notre-Dame de Paris encontrado!
E qual o símbolo da França? O Galo! Sim, o Galo está por toda a parte na França; reina absoluto nos palácios, nos museus, nas pontes, nas torres.
Infelizmente, tivemos recentemente o incêndio que afetou a Catedral de Notre-Dame. E o que havia na parte mais alta da Catedral, a torre conhecida como “A Flecha”? Um Galo também.
Estava no Independência com meu filho caçula e quando vi o Léo Silva, nossa torre gêmea, caindo e a bola resvalando em seu braço, lembrei-me imediatamente da torre da Catedral, com seu Galo no topo, caindo, consumida pelas chamas.

Foto: Reprodução/Premiere
Perdemos o campeonato, não nesse lance, mas nos erros de arbitragem em nosso desfavor no primeiro jogo. Jogamos muito melhor que o adversário no segundo jogo, mas o lance do Léo Silva foi capital para a perda do campeonato.
O Galo vive um momento complicado, diretoria e jogadores questionados, mas a instituição Clube Atlético Mineiro é muito mais forte que a perda de um campeonato. Tal qual a Catedral de Notre Dame, em breve, nos reergueremos mais fortes e com estruturas mais sólidas. Que venham o Campeonato Brasileiro e os jogos decisivos da Libertadores. A Massa está pronta para fazer o time alcançar o topo novamente; cada torcedor é bombeiro, operário, engenheiro nessa tarefa de reconstruir o Galo.
Afinal de contas, Aqui É Galo! C’est le Coq Ici!
Texto:
Victor Hugo Moura