
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
O Atlético voltou a decepcionar seu torcedor! Na noite do último sábado (29), jogando em um Independência com mais de 22 mil expectadores, o Galo acabou superado pelo Flamengo, de virada, por 2 x 1. Paulinho abriu o placar no primeiro tempo, mas Arrascaeta e Wesley deram números finais ao jogo já na parte final da segunda etapa.
Após a partida, o técnico alvinegro, Luiz Felipe Scolari, foi questionado se viu uma queda física na sua equipe que justificasse a virada nos minutos finais:
Eu não vi essa queda física! Vi um time intenso do Flamengo, que tomou conta do jogo, que contém excelentes jogadores e que criou uma ou duas oportunidades bem criadas e fez os gols.
Felipão também foi perguntado do motivo pelo qual inverteu Paulinho e Pavón:
Conheço a característica dos dois. Não sou só eu que conheço, vocês conhecem! Você sabe que o Pavón é muito mais aplicado taticamente do que o Paulinho. Vocês sabem que o Paulinho taticamente pode evoluir numa situação como a que evoluiu e fez o gol. O Pavón é um jogador mais organizado taticamente. O Flamengo tem uma forma de jogar e tem no seu lateral-direito que inclusive acabou fazendo gol, uma das peças chaves das suas jogadas ofensivas. Por isso colocamos assim. Então não é nada de diferente daquilo que a gente olha, examina e vê dos outros times. Às vezes dá certo, às vezes não dá. Não tem dado certo! Mas não posso me queixar dos jogadores!

O treinador falou ainda do momento do time:
A nossa bola da na trave, nossa bola da o rebote nós colocamos pra fora. É o momento é um momento! Nós temos que saber que o momento é esse, que quando somos grandes as vezes não somos grandes como queremos. Temos que nos adaptar a essa situação. É isso que eu quero passar aos meus jogadores nesse momento. Nesses oito jogos, nós tivemos três ou quatro muito bons. Não veio resultado. Dois jogos não muito bons também não veio resultado. Então às vezes jogando mal se vence, às vezes jogando bem a bola não entra e é esse momento que nós temos que superar. Ou nós superamos com outro objetivo, diferente do que nós tínhamos, porque estamos nessa situação agora, porque o momento exige isso, ou nós vamos ter dificuldades muito grandes no futuro também. Essa é a minha missão, esse que é o meu trabalho!
Scolari respondeu também sobre a postura que o time precisa ter para o jogo da Libertadores:
É a postura que nós estamos adotando! Se os outros times forem superiores a nós, vamos ter as dificuldades que nós estamos tendo. Agora nós temos que evoluir e trabalhar para ver se conseguimos nos igualar a alguns outros times que tiveram alguma qualidade a mais do que nós. Ou na bola parada ou em um chute de longa distância.
Sobre uma possível pressão interna, Felipão disse:
Não tenho pressão, não tenho cobrança interna, mas tenho a cobrança minha, pessoal que é muito mais forte do que vocês imaginam. A minha cobrança vale muito mais do que cem mil pessoas, dois milhões, três milhões, porque eu sei o que eu sofro. Não são eles que sabem, não são eles que vão fazer esse tipo de pressão, eu faço!
E completou:
Nada me foi prometido diferente do que estou tendo. Tenho as dependências do Atlético pra treinar e com todo mundo à disposição, um ou outro lesionado, mas todo mundo à disposição. Eu tenho visto a dedicação desse grupo nos treinamentos. Nossos treinamentos são bem feitos, são bem organizados, são detalhados.
O Atlético volta a campo na próxima quarta-feira (02), quando recebe o Palmeiras pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores da América. Campeonato Brasileiro apenas no próximo domingo (06), diante do São Paulo, no Morumbi, às 16h00.