IMAGEM: REPRODUÇÃO CANAIS GLOBO
A Seleção Brasileira Sub-23 venceu a Colômbia na noite desta quinta-feira com o jovem goleiro Cleiton entre os titulares. Aos dez minutos do segundo tempo, o ataque colombiano aproveitou o gramado molhado e chutou de fora da área forçando Cleiton a fazer uma grande defesa. Nesse momento, jornalistas e torcedores de todo o país entenderam por que a Massa pediu a titularidade de um menino, mesmo contando com São Victor do Horto. Em entrevista na Cidade do Galo, o diretor Rui Costa antecipou que as convocações serão frequentes daqui em diante.
Longe de ser um dos maiores salários do elenco alvinegro, o menino de Descanso, Santa Catarina, trouxe certa tranquilidade às arquibancadas, pondo fim ao temor que havia pela volta dos tempos em que, segundo o ex-presidente Kalil, era preciso apenas uma estatura mediana para defender a meta do Atlético. Será que nós, viciados em branquear os cabelos graças ao Galo, já podemos ficar tão tranquilos assim?
Cleiton atua na posição que conta com o respeito dos goleiros brasileiros na Europa. Grandes nomes, como Alisson, Ederson, Neto, Diego Alves, além daqueles que já penduraram as luvas, fazem os gringos despejarem euros no Brasil à procura de bons arqueiros. É questão de tempo para que a mesa do atual presidente receba uma proposta oficial com dígitos interessantes. Cabe ao mandatário alvinegro relembrar dos tempos difíceis com verdadeiras improvisações ao escalarmos nomes bizarros com a camisa 1.
Em entrevista à rádio 98FM, o presidente Sérgio Sette Câmara foi questionado sobre vender ou não jovens valores das categorias de formação. Um dos jornalistas presentes citou uma possível proposta que o Atlético teria recusado no passado por um jovem atleta. “Eu venderia” – respondeu o presidente.
Sette Câmara já quitou diversas dívidas de outras administrações e luta contra juros que engolem ferozmente o orçamento do clube, tudo para entregar um Atlético com o mínimo de pendências após a inauguração da Arena MRV. Investiu no lateral Emerson e não pensou duas vezes ao negociá-lo por um bom valor para o futebol espanhol, reforçou o caixa com o empréstimo de Otero e vendeu Bremer para o Torino. Usufruindo de um direito de contrato, também viu cifras sendo registradas nas contas alvinegras por perder Róger Guedes antes do prazo final do empréstimo.
Idade, posições com opções escassas no mercado, passaporte europeu, passagens por seleções de base e principal, entre outros fatores, fazem o mercado asiático, árabe e europeu crescerem os olhos sobre os clubes brasileiros. A bolsa de valores do futebol gira com extrema rapidez e o atleta desvalorizado da atualidade pode se tornar seu baú do tesouro amanhã. No atual elenco, Igor Rabello, Maidana, Guga, Jair, Cazares, Otero, Alerrandro, Chará e Cleiton são os nomes que poderiam movimentar o caixa para que o Galo alcance o valor previsto no orçamento da temporada.
Optar por uma venda do selecionável Cleiton daria início a um longo caminho de busca por outro nome. Victor já não passa a confiança de outrora e, teoricamente, Wilson se despede da Cidade do Galo em janeiro. Se a chegada do jogador do Coritiba foi para se precaver caso ocorra o pior cenário possível na reta final da Sul-Americana, iremos estender esse cenário imaginário até janeiro. Wilson faz bons jogos em Minas, mas o Coxa não se interessa pelo retorno, já que o salário não é baixo. Victor trata a lesão, abandona o DM e fica como opção para o treinador na pré-temporada. Sette Câmara diria não aos euros no ano em que Cleiton pode disputar as Olimpíadas do Japão? D-U-V-I-D-O!
Assim como Rui Costa cogitou todas as possibilidades ao assinar com Wilson por empréstimo, viro essa madrugada expondo meu maior medo para janeiro de 2020. A despedida de Cleiton Schwengber.
