FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO
A primeira impressão é a que fica e a primeira apresentação dos três volantes à torcida do Galo não encheu os olhos, mas foi amenizada pela classificação para a fase de grupos da Copa Libertadores. Veio a derrota para o Cerro Porteño e repetir o esquema acordou o “monstro” da arquibancada, como diria Alexandre Kalil.
Na verdade, nem sabemos se são três volantes realmente, pois Elias já não apresentava as características da posição no formato com dois volantes. Para quem já viu Levir surpreender em clássico com um volante, sabe que o burrinho certamente repetiu a fórmula de coração partido, apenas para abrir mão do pouco produtivo Chará.
Assim como o professor já dava sinais de que testar Zé Welison entre os onze titulares era questão de tempo, Levir indicava que Maicon Bolt seria o próximo, não fosse a lesão em uma partida do Mineiro. Com a oportunidade de unir o útil ao desagradável, vieram os testes com três volantes e a fórmula foi reprovada com louvor. O meio não ganhou a tal pegada a mais, exigida pelo comandante, e perdemos em poderio ofensivo. Voltar com Chará? Os poucos minutos em campo pela Libertadores e a chance como titular no Mineiro mostram que a opção é pouco provável, mas dois fatores podem libertar a Massa de um longo período com a formação usada contra Defensor e Cerro Porteño.
Maicon volta de lesão para a reta final do Mineiro e basta mostrar que está com ritmo novamente para assumir o lado esquerdo do time, com raras invertidas entre ele e Luan. Ainda na reta final do Mineiro e, caso o Galo consiga a classificação na fase de grupos, nas oitavas da Libertadores também teremos Geuvânio para oficializar a morte dos três volantes.
Lembra que eu falei aqui no Deus Me Dibre sobre as indiretas de Levir? Se não lembra, passe a visitar esse portal com mais frequência. Ao falar sobre a escalação na Libertadores, Levir pediu confiança na comissão técnica pelos números e informações que tem em mãos. Seja por GPS, análise de desempenho ou no dia a dia dos treinos, pela parte que atua em campo nos jogos, como se comporta ofensiva e defensivamente, Chará perdeu a posição e não há nada capaz de fazer Levir voltar com o colombiano à equipe antes de testar todas as formações possíveis. Isso inclui três volantes, Maicon Bolt, Geuvânio ou até dois homens de área, tudo, menos insistir com o pouco produtivo Chará.
Sendo assim, nos resta esperar pela recuperação de Maicon, a inscrição de Geuvânio, além de torcer para que emplaque no time ou, na pior das hipóteses, para que os três volantes passem a render mais. Apesar de xingar o burro que escala, no fundo, no fundo, meu coração diz que tudo isso é culpa do Chará. Para quem pede a volta dele, basta pegar a máquina do tempo futebolística para lembrar que até ontem nós pedíamos a saída dele. Oh céus, oh vida, que azar!
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