Fugindo de dificuldades financeiras, novatas buscam acesso pelo Galo

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FOTO: REPRODUÇÃO / TWITTER OFICIAL / ATLÉTICO

Com a maior parte dos reforços já anunciados, o departamento de futebol feminino do Atlético deixa claro que pretende fazer um bom time, mas com baixos investimentos. A maior parte das atletas já anunciadas vem de equipes menos baladas, que disputaram o Brasileirão da A2 nos últimos anos e sendo destaques individuais nos times de origem.

A escolha das atletas mostra que o treinador Hoffmann Túlio já estava atento a remontagem do elenco mesmo antes do fim da temporada, observando principalmente times menores, ficando longe dos grandes centros da região sudeste. O treinador aposta no trabalho em grupo para conseguir o tão sonhado acesso para a divisão de elite do futebol feminino.

O grande nome da janela atleticana foi a zagueira Bruna Cotrim, que estava no São Paulo. As estrangeiras Cinthia Zarabia, Dayana Rodriguez e Hilary Vergaara foram buscadas no norte do país e atuaram na parceria 3B/Iranduba, quando o segundo time, tradicional no futebol feminino e grande celeiro de destaques, não tinha condições de manter um elenco para a série A1. Ou seja, as atletas disputaram as duas divisões do Brasileirão na mesma temporada, sendo rebaixadas na A1 e não alcançando o acesso na A2.

A goleira Letícia e a volante Marta vieram do Goiás, equipe que enfrentou o Galo na série A2, sofrendo uma goleada de 4×0 da equipe alvinegra. Assim como o Galo, o Goiás não se classificou para a fase de mata-mata da competição. Elas venceram um jogo e empataram outro, ficando na vice-lanterna do grupo. 

A atacante Iara veio do Juventus, de São Paulo. A equipe paulista ainda não sabe se vai manter o departamento de futebol feminino neste ano, o que fez com que a maior parte do elenco e até mesmo a supervisora do time se desligassem. As paulistas estavam no grupo do América e chegaram até as quartas de final da A2, sendo eliminadas pelo Napoli, que venceu o campeonato.

Já a volante Sofia Sena estava no Auto Esporte, um dos principais times femininos da Paraíba, que disputou a A2 e também não se classificou para a segunda fase do torneio. O Auto Esporte estava entre as equipes que foram denunciadas por não repassarem o auxílio da CBF para as atletas durante a pandemia e também passou por problemas financeiros. 

Por fim, a meio campista Aninha, que já era um sonho antigo do técnico Hoffmann e chegou a receber proposta quando ele saiu do Cruzeiro para treinar o Atlético, mas optou por permanecer no América, de onde se desligou no meio do ano passado para atuar pelo Ideal/Ipatinga. A equipe do Vale do Aço teve problemas financeiros para disputar o Mineiro e foi desfeita ao término da competição. 

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