Cobrança máxima: Galo completa três anos sem conquistar títulos

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FOTOS: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Lá se vão 1.096 dias sem soltar o grito de campeão. Nesta quinta-feira, o Atlético completa três anos sem conquistar sequer o estadual. A última taça veio no dia 7 de maio de 2017, quando o Galo bateu o Cruzeiro por 2 a 1 e faturou o 44º Campeonato Mineiro com gols de Robinho e Elias.

Dos relacionados para a final, a dupla já não está mais na Cidade do Galo, assim como Marcos Rocha, Leo Silva, Rafael Carioca, Adilson, Danilo, Maicosuel, Fred, Giovanni, Uilson, Carlos César, Felipe Santana, Yago, Leonan, Marlone, Carlos Eduardo e Rafael Moura. Apenas Victor, Gabriel, Fábio Santos, Otero e Cazares permanecem no elenco atual.

Uma troca interessante aconteceu nesse período. Fred rescindiria com o Atlético no final da temporada e participaria do rebaixamento do rival em 2019. Queda que proporcionou a rescisão de Rafael com o Cruzeiro e a contratação do goleiro pelo Galo. Rafael foi o titular nos três clássicos do estadual daquele ano.

Apesar de ser apenas o terceiro melhor público do Galo no Horto na atualidade, a final de 2017 quebrou o então recorde de público do clube no estádio com 22.411 torcedores presentes. Roger Machado segurou o empate sem gols no jogo de ida e comemorou o primeiro título da carreira como técnico ao vencer o jogo da volta. Demitido dois meses depois, foi sucedido por Rogério Micale, que permaneceu apenas dois meses no comando da equipe. Após o campeão olímpico, Oswaldo de Oliveira, Thiago Larghi, Levir Culpi, Rodrigo Santana, Vagner Mancini e Dudamel passaram pelo cargo. Desde maio de 2017, Jorge Sampaoli é o nono nome a ocupar a função.

A conquista marcou também o último título de Eduardo Maluf, que viria a falecer em junho de 2017. André Figueiredo deixou a base e se tornou o homem forte do futebol profissional em julho, mas ficaria apenas um mês no cargo, sendo substituído pelo diretor de comunicação Domenico Bhering. Com a posse da nova diretoria, Alexandre Gallo foi anunciado como diretor de futebol, substituído por Marques no final de 2018. Em 2019, o ídolo da torcida passou a atuar como gerente de futebol e Rui Costa foi contratado, ficando no cargo até fevereiro de 2020. Em março da atual temporada, Alexandre Mattos assumiu a função, sendo o sétimo diretor desde a conquista do Mineiro 2017. Números que talvez expliquem a dificuldade do Galo em reencontrar o caminho dos títulos.

Daniel Nepomuceno, o 44º presidente da história do Atlético, conquistava o 44º Mineiro para o Galo, o segundo estadual desde a posse, em dezembro de 2014. O dirigente já havia faturado o Mineiro de 2015, contra a Caldense. Em dezembro de 2017, Sérgio Sette Câmara foi eleito presidente do clube, mas amargou o vice-campeonato em 2018 e 2019, perdendo para o Cruzeiro nas duas ocasiões. Sérgio poderia ter deixado para trás o peso de não ter conquistado um título antes do “aniversário” de três anos sem taça, mas a disputa do Mineiro 2020 foi adiada pela pandemia da Covid-19. Atualmente, o Galo ocupa a 3ª colocação na tabela de classificação e com dois jogos para cumprir, ainda na primeira fase.

Adriano Aro, presidente da Federação Mineira de Futebol, descartou a disputa de partidas no mês de maio e a retomada do estadual ainda não é garantida, já que muitos clubes do interior dispensaram os elencos diante das dificuldades financeiras enfrentadas durante a paralisação da competição. O último jejum de três anos sem comemorar o Campeonato Mineiro aconteceu entre 2000 e 2007, quando o Atlético ficou seis anos e onze meses sem erguer a taça do estadual. Em 2010, o Galo garantiu o título do Mineiro quatro dias antes do “aniversário” de três anos sem taça.

 

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