GALO DEMORA A ACORDAR E PERDE NA VILA BELMIRO

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

O início da partida entre Santos e Atlético pelo Campeonato Brasileiro deu a impressão de que era um replay do confronto que garantiu a classificação do Galo na Copa do Brasil. Assim como no primeiro encontro da semana, pressão do time de Sampaoli, dificuldade dos comandados de Rodrigo Santana em sair jogando e chutões aleatórios para divididas de cabeça do pequenino Chará. Se, na quinta-feira, Rodrigo conseguiu corrigir de maneira eficiente o toque de bola e a marcação, neste domingo foi para o vestiário com o placar adverso de dois a zero.

Apesar de associarmos a dificuldade de criação da equipe aos meias e atacantes, no Galo percebemos que os volantes contribuem pouco para uma saída de bola com qualidade. Zé, Adilson e Jair não conseguiram atender a essa ideia do treinador em colocar a bola no chão e Elias fica distante, já próximo dos meias e Ricardo Oliveira. Santana continua pecando pelo excesso de cautela, assim como aconteceu com o Grêmio, no Rio Grande do Sul. O Atlético entra em campo como visitante apresentando comportamento de clubes que brigarão na parte de baixo da tabela. É a síndrome de Confins que nos aflige há anos, boas apresentações em Belo Horizonte e futebol irreconhecível fora de casa. Tudo muda após o primeiro gol sofrido ou nos minutos finais, deixando evidente que temos potencial para fazer mais se nos acovardarmos menos.

As palavras de Luan após a partida retratam essa postura retraída. O camisa 27 destacou que o time demorou a deixar o campo de defesa para pressionar a saída de bola do Santos desde o início da jogada com o goleiro Éverson. Cazares não ficou tão preso do lado esquerdo do campo dessa vez, revezou com Luan, mais acostumado com a função e de mais entrega na marcação nos contra-ataques santistas.

No segundo tempo, a entrada de Geuvânio era questão de tempo para buscar ofensividade. Ricardo Oliveira continua ilhado no ataque e a fase impede que aproveite as poucas bolas que chegam. Não gostou quando deixou o gramado para a entrada de Alerrando e deixa a luz de alerta ligada na Cidade do Galo. Rodrigo Santana deve mostrar nesse momento que é o chefe e que cabe a Ricardo obedecer a decisão do superior, independente do currículo ou da idade de quem o substitui. Com poucos segundos em campo, Alerrando mostrou porque ‘fase’ é uma das expressões mais fantásticas do futebol. Um referendo popular entre a Massa mostraria a preferência da arquibancada pela titularidade do garoto contra o São Paulo.

A classificação na Copa do Brasil aliviou a derrota e os jogadores deixaram a Vila Belmiro aplaudidos pelos atleticanos que lotaram o setor destinado à torcida visitante e fizeram barulho o jogo inteiro. Foco no último duelo antes da pausa para a Copa América para garantirmos semanas de sono tranquilo para o atleticano. Voltamos de Santos com uma derrota, mas com a meta da classificação garantida na Copa do Brasil, que o Horto pegue fogo contra o São Paulo.

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