IMAGENS: DIVULGAÇÃO CONMEBOL
Quando o Nacional marcou o gol que confirmou a eliminação do Atlético na Copa Libertadores da América, pensei logo em escrever sobre a necessidade de priorizar a Copa Sul-Americana na sequência da temporada. Desisti logo no primeiro parágrafo, diante da dúvida em relação aos adversários que poderíamos encontrar na competição. Agora é oficial, FOCO NA SUL-AMERICANA!
Em sorteio realizado nessa terça-feira, na sede da Conmebol, ficou definido o caminho do Galo até a taça. O primeiro duelo será no Chile, contra o Unión La Calera, terceiro colocado no campeonato chileno. Caso consigamos a classificação, encaramos o vencedor de Botafogo e Sol de América, do Paraguai. Além de uma taça internacional maravilhosa para a galeria do clube, conquistar a Sul-Americana nos garante na fase de grupos da Libertadores 2020, oitavas da Copa do Brasil 2020 e disputaríamos a Recopa, além da possibilidade do duelo contra o campeão japonês na Copa Suruga. Dezenas de milhões de reais para um orçamento que viu cifras menores em diversas áreas do clube, segundo o último balanço divulgado.
Após amargar o terceiro lugar em um grupo razoavelmente tranquilo na Libertadores, além de eliminações para equipes modestas nos últimos anos, como Jorge Wilstermann e Chapecoense, o atleticano confundiu estar vacinado com ficar cabisbaixo. Ninguém crava a classificação e não há mobilização alguma para a conquista do torneio internacional. Precisamos, com urgência, esquecer a eliminação na Liberta para ficarmos sedentos pela taça da Sul-Americana. Entenda esse sentimento, você não está com medo do La Calera, sua preocupação é com o próprio Galo, temos sido peritos em tropeçar nas próprias pernas.
O primeiro passo é esquecer a infeliz declaração de Sérgio Sette Câmara após a eliminação para o San Lorenzo, em 2018. Nossa relação com o presidente nesse momento é de cobrança por reforços de qualidade, titulares para garantirmos uma equipe forte. Se nós (torcida) estivermos focados na certeza que essa é a chance de título em 2019, a pressão reduz a chance de repetirmos o erro da escalação de reservas. Ficar repetindo as frases do Sette na arquibancada não contribuirá em nada com nosso papel de empurrar nossa camisa em campo. Exorcize esse demônio para voltarmos ao paraíso.
Sobre a confiança no título, não se trata de menosprezar o Unión La Calera, mas colocá-lo na balança com Palmeiras, Flamengo, Grêmio, Internacional, Santos, entre outros clubes brasileiros. Quem, teoricamente, dificulta nosso caminho até os troféus? Óbvio que seria mais fácil enfrentar o La Calera, o Sol de América, Royal Pari, Macará, Deportivo Santaní etc. Para que isso aconteça, a Massa tem que entrar na guerra de corpo e alma. Não é a batalha que nós queríamos, mas nosso escudo está em campo e ele é maior do que qualquer desavença com dirigente ou atleta. Pra cima deles, Massa! NÓS QUEREMOS A SUL-AMERICANA!
