FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
O Atlético deu mais um passo, ontem, rumo ao título do Brasileiro. Fez o dever de casa, e venceu o Juventude por 2 x 0, no Mineirão. Uma noite, em que, mais uma vez, o atacante Hulk mostrou, o motivo pelo qual, é o melhor jogador do campeonato brasileiro. Marcou dois gols, um esbanjando categoria. Uma noite marcada por recorde de público no Mineirão, e também, pelos primeiros gritos de “campeão”, vindos da torcida atleticana.
Como já era de se esperar, a torcida atleticana deu show ontem no Mineirão, e bateu um novo recorde. Com 61.476 presentes, se transformou no maior público do estádio, após a sua reinauguração em 2013. Lembrando que, hoje, a capacidade do estádio é de 62 mil pessoas. E o torcedor que foi ao campo, voltou para casa com o sentimento de dever cumprido.
Como tem sido todos os jogos, nessa reta final de Brasileiro, o de ontem, foi difícil. Um jogo de paciência, em que o controle emocional, foi um dos fatores fundamentais para que o Atlético conseguisse a vitória.
O técnico Cuca, após a partida, destacou a importância da conversa com o grupo no vestiário, no intervalo do primeiro tempo, para colocar a casa em ordem, e buscar a vitória.
Nós começamos bem, e aí nos enervamos dentro do jogo. Perdemos o comando do jogo naquele momento. Era o que a gente não podia. Então, no meio tempo a gente acalmou o time, fizemos jogar com equilíbrio, sem loucuras, sem brigas. Não ia nos levar a nada isso, pelo contrário. E a gente se equilibrou de novo, criamos oportunidades de um lado, do outro, bola na trave, até que aconteceu o pênalti, o primeiro gol. Aí muda completamente de cenário o jogo. É jogo complicado, jogo difícil. Hoje (ontem), era um jogo assim, que você tinha que ter o controle, o comando, e não correr risco.
Ontem, pela primeira vez, após o final da partida, alguns torcedores soltaram o gripo de “campeão”, nas arquibancadas do Mineirão. Cuca entretanto, continuou com o discurso cauteloso, de que nada está ganho, mas não escondeu a ansiedade, de que esse momento chegue rápido.
O grito de campeão, teve um pouco, não foi o Mineirão inteiro. Quem quer gritar, pode gritar, é de cada um. É o que eu falo, eu não sou campeão ainda. A gente não é campeão ainda. Mesma coisa de uma corrida de Fórmula 1, você está na última volta, e está na frente. Numa distância boa. Mas, não acabou a corrida. Você só vai ser campeão, quando derem a bandeirada. Atingir, o número de pontos que o segundo colocado não atinja. Tomara que venha logo isso e, aí sim a gente possa gritar campeão.
Cuca sempre foi muito supersticioso, e também muito religioso. O treinador confessou, que tem levado a camisa de Nosso Senhora em praticamente todos os jogos, como fez na Libertadores em 2013, e que não fez nenhum tipo de promessa, caso o Atlético seja campeão.
Não fiz promessa. Eu tenho fé. Levo a camisa de Nossa Senhora, como levei na Libertadores inteira, estou levando aqui nessa passagem no Galo. Uma vez ou outra, não, mas na grande maioria das vezes, eu tenho posto Nossa Senhora adiante de tudo, e para ela que eu ofereço, esse nosso caminho lindo, com tudo que está acontecendo aqui.