Hulk fala sobre rodízio de Coudet comenta sobre formação tática e diz: “Fico mais livre para criar”

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FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

Na última segunda-feira (08), o atacante Hulk, do Atlético, foi o escolhido para conversar com o jornalistas na Cidade do Galo. O jogador não fugiu das perguntas, tratando de enfatizar a boa relação que tem com Coudet, o esquema tático que mais lhe agradada, a falta de um camisa 9 e muito mais.

Hulk começou a entrevista fazendo questão de dizer que as alterações promovidas pelo técnico do Galo, Eduardo Coudet, não o incomoda:

Para deixar bem claro aqui, eu não falei que me incomodava, pelo contrario, falei que nós, jogadores, devemos respeitar a decisão do nosso treinador. Ele é o líder, existe a hierarquia. O que eu disse foi sobre a confiança do jogador. Tem jogador que sente confiança jogando com frequência, tem jogador que gosta de jogar dois jogos por semana, tem jogador que se jogar 4 vezes na semana, vai se sentir bem. Isso é de cada um. Mas sobre as decisões do Coudet, nós procuramos sempre respeitar. Se vocês puxarem em 2021, foi o que particularmente eu pedi. Eu precisava de tempo para jogar para me sentir bem. Então foi nesse ponto, nunca descordando da decisão do treinador.

O atacante ainda fez questão de elogiar bastante o comandante atleticano, dizendo que o treinador conversa muito com seus comandados. Hulk ainda comentou sobre um ex-treinador do clube que não dava tanta abertura para os jogadores:

Na verdade o Coudet é um cara excepcional, do bem, que conversa bastante. Por isso que a gente entra em campo querendo dar o melhor para conquistar a vitória com ele. Quando teve toda aquela repercussão, após a entrevista dele, depois do jogo contra o Libertad, eu falei que estávamos com ele. Quanto a conversar, como a gente se sente melhor, eu espero que parta do professor, porquê tem treinador que não gosta que o jogador chegue e fale: ‘talvez assim não seria melhor?’. Tem técnico que não se sente aberto a isso. Já teve treinador que passou aqui no clube que a gente não podia conversar com ele a respeito disso. E a gente ganhou tudo! Mas era difícil ele acatar o que a gente falava. Só que chegava no vestiário e a gente se fechava ‘vamos ganhar’. E o Coudet é diferente, ele conversa bastante. Mas como a gente se sente mais a vontade, tem que partir dele. O que eu deixo bem claro aqui é que todos os jogadores estão focados em defender essa camisa aqui, dando tudo que a gente possa dar. Queremos ajudar o Coudet como ele quer nos ajudar. É o momento de um dar a mão pro outro, se abraçar e saber que nós estamos devendo muito, nós jogadores queremos muito. Talvez o fato de querer tanto, pode estar atrapalhando.

Foto: Pedro Souza / Atlético

Questionado sobre a formação tática que mais gosta e mais o privilegia, o camisa 07 respondeu:

A gente vem procurando manter sempre o esquema tático que o nosso professor acredita e procuramos dar o nosso melhor sempre nessa formação. Existe sempre a hierarquia e devemos sempre fazer o nosso melhor dentro de campo. É o técnico quem decide e quem escala. Eu tenho certeza que ele escala sempre pensando nos melhores 11 iniciais para aquele jogo. Quanto a formação tática, cada um tem sua preferência. Eu, particularmente, quero estar em campo, ajudando meus companheiros, independente da formação. Mas eu me sinto melhor no 4-3-3. Fico mais livre para criar.

Hulk também falou sobre a importância em ter um centroavante de ofício no time, o que neste momento, o Atlético não possui:

Se você tem um camisa 9, é claro que é mais uma opção que você pode usar durante uma partida, em um jogo. Lembrando que a gente vem jogando muito com dois atacantes, que tem atuado com mais frequência sou eu e o Paulinho. Dessa maneira, as vezes acabamos por jogar muito de costa, o que não é característica nossa. Mas a gente tenta fazer o melhor para ajudar o nosso coletivo. Mas é o que eu falei, o Coudet e a comissão tem muito mais experiência do que eu e os jogadores para observar o adversário e tentar ver o que podemos aproveitar na partida. Se tivéssemos o camisa 9, ajudaria mais, com toda certeza. Mas vou sempre bater na tecla, temos time e elenco para disputar todas as competições, chegando na reta final disputando ponto a ponto.

O jogador finalizou respondendo o que pode ser feito para melhorar o baixo aproveitamento que o time vem tendo nas chances claras de gol que cria:

É difícil de responder, a gente não tem essa resposta, essa fórmula. Se tivéssemos, seria muito fácil! Aí a gente concertava aqui no treino, chegava no jogo e fazia mais gols. Mas o que eu acredito muito é no foco, persistir, continuar trabalhando. Aproveitar o pouco tempo que temos para treinar, trabalhar algumas jogadas, finalizações. São nos pequenos detalhes que conseguimos achar uma solução. Não é fácil! Mas é procurar aproveitar as oportunidades que vão vir pela frente.

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