JAIR E MAIS DEZ

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

O desempenho da equipe do Atlético no segundo semestre de 2019 mostrou o motivo da Massa do Galo comemorar quando os treinadores contavam com Jair e temerem quando o volante estava no departamento médico. Foram apenas três derrotas em dezesseis partidas disputadas por Jair após a intertemporada. Em 2019, o aproveitamento do volante foi de 67,65%, o melhor de todo o elenco. O rendimento em campo foi maior quando Rodrigo Santana percebeu que, apesar da boa chegada no ataque, o jogador rendia mais como o homem à frente da defesa.

Com a contratação de Dudamel, testes foram realizados nas primeiras partidas do Campeonato Mineiro e Jair ganhou Liberdade no meio. Zé Welison seria o principal responsável pela marcação e Allan fecharia a trinca buscando o equilíbrio entre defesa e ataque. Não funcionou! Em entrevista na Cidade do Galo, Jair falou sobre a vontade em voltar a atuar atrás e a chance veio no jogo de volta contra o Unión. Um monstro!

Jair exercendo a função de primeiro volante e Arana na lateral esquerda deveriam ser as únicas certezas da escalação. Três laterais foram utilizados na direita, ainda há indefinição para a dupla de zaga, não se sabe quais as melhores opções para os homens de lado de campo e qual poste rende mais, Ricardo Oliveira ou Di Santo. Com a chegada de março, é preciso enxugar a lista de testes e começar a dar cara à equipe, sendo assim, o próximo passo é fazer a dupla Jair e Allan funcionarem. Caso opte por continuar com três zagueiros, Dudamel terá outra batata quente nas mãos. Como Allan, dos grandes reforços no ano, se encaixaria entre os titulares? Usando a escalação da partida contra o Unión como referência, o canhoto Allan ficaria centralizado, como Nathan, ou pelos lados, como Hyoran e Otero? Fórmula de professor Pardal para conseguir o feito. Aliás, as novas gerações não sabem quem é professor Pardal, precisamos achar outro termo para o futuro.

Talvez o formato de três zagueiros tenha sido atípico, apenas pela necessidade de reverter o placar elástico do primeiro jogo, e voltemos à formação com dois zagueiros, dessa vez, sem Zé, colecionador de falhas e vaias em 2020.  Cogitar a volta de Zé aos titulares é perder um tempo valioso demais e esse atraso já nos custou a eliminação de um torneio internacional. Os espiões não tiveram acesso ou optaram por não divulgar a escalação contra o Afogados. Saberemos quem são os onze escolhidos uma hora antes do duelo decisivo. Que seja com Jair na função que o “homi” prefere jogar.

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