Alexandre Kalil critica a contratação de treinadores sul-americanos

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Anunciado por Sérgio Sette Câmara, em março, Jorge Sampaoli empolgou a torcida, impressionou os veículos de comunicação do país e foi destaque na imprensa internacional. Até o perfil da Fifa, no Twitter, compartilhou a publicação do presidente alvinegro com os mais de treze milhões de seguidores destacando a carreira do argentino no futebol. Sampaoli estreou com vitória contra o Villa Nova, mas a paralisação do futebol veio como um balde de água fria. Sem saber quando as competições voltarão a ser disputadas, o atleticano vive a expectativa de uma grande história a ser escrita pelo técnico em Minas Gerais.

Porém, um torcedor ilustre parece não ter aprovado a contratação de Sampaoli pelo Atlético. No programa SportsCenter, da Espn, Alexandre Kalil falou sobre a chegada de estrangeiros na Cidade do Galo e deu a entender que não aprova a ideia.

“Me dá o nome de um treinador estrangeiro que ganhou alguma coisa aqui”, questionou Kalil.

O prefeito da capital mineira complementou, em seguida, afirmando que se referia apenas ao mercado sul-americano de treinadores, o que descartaria o trabalho de Jorge Jesus, no Flamengo, em 2019. Em uma semana de guerra com Sette Câmara, Alexandre diz que o histórico ruim dos gringos não engloba só o Galo, mas todo o futebol nacional. Para Kalil, a exceção é Fleitas Solich, paraguaio com passagens por diversos clubes brasileiros, inclusive o Galo, nas décadas de 50, 60 e 70.

Eleito presidente do Atlético em outubro de 2008, Kalil teve como treinadores, nos seis anos de gestão, Marcelo Oliveira, Leão, Celso Roth, Vanderlei Luxemburgo, Dorival Júnior, Cuca, Paulo Autuori e Levir Culpi. Diego Aguirre foi o substituto de Levir Culpi, já no mandato de Daniel Nepomuceno. Alexandre contou que fez o mesmo questionamento sobre a ausência de títulos com treinadores sul-americanos quando Nepomuceno o informou sobre a contratação do uruguaio.

“Quando o Daniel Nepomuceno contratou o Aguirre, eu fui almoçar com ele, eu me lembro que eu estava com o pé quebrado, com a cadeira de rodas, tinha rompido o ligamento. Ele (Daniel) foi me dar a notícia. Eu fiz essa pergunta para ele dentro do Fogo de Chão (restaurante) em Belo Horizonte. Eu disse a ele, como você não sabe, você vai para a internet e me liga de noite. É zero”, advertiu Kalil.

Aguirre estreou em janeiro de 2016 e deixou o clube três meses depois. Quatro anos depois, em 2020, Dudamel foi apresentado na Cidade do Galo em janeiro e demitido em fevereiro. O venezuelano foi o 12º técnico estrangeiro na história do clube. Sampaoli é o 13º, fator que pode motivar o atleticano supersticioso, afinal, 13 é Galo. A lista conta com seis uruguaios, dois argentinos, dois húngaros, um paraguaio, um peruano e um venezuelano.

Alexandre criticou a safra ruim de técnicos no Brasil, diz que havia poucas opções, lembrou que os bons nomes estavam ocupados e afirmou que “não havia para onde correr”. Sampaoli quebraria o histórico de sul-americanos sem conquistas no país? Kalil encerra deixando evidente uma gota de esperança.

“Agora podemos estrear no Atlético o primeiro”, concluiu.

 

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