FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO
Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético, participou nesta quinta-feira (29) do programa SportsCenter, da Espn Brasil, através de uma ligação de vídeo. O prefeito falou sobre a paralisação do futebol e a possibilidade de retorno das competições.
“Quando o prefeito fala que está comprando saco plástico para colocar corpo e encostando frigorífico do lado de hospital, esse povo é louco, esse povo não sabe o que é que está acontecendo. Estão comprando saco plástico, estão encostando frigorífico, estão botando caixão na rua, fazendo cova rasa e estão pensando em futebol?”, comentou o prefeito.
Para Alexandre, pensar em futebol agora é coisa de “débil mental” e qualquer possibilidade de realização de jogos estaria descartada no momento. O prefeito comparou a pandemia do COVID-19 a uma guerra enfrentada pela população mundial. Ao ser questionado sobre a possibilidade de retorno do Mineiro ou início do Brasileiro, alegou que clubes e federações teriam que acionar a justiça para conseguirem autorização para a realização de jogos na capital mineira.
“Na Bélgica, na Itália, na Holanda, eles fazem o que eles quiserem. Aqui na cidade, a Federação Mineira, para mexer com o futebol mineiro, vai ter que conversar com o prefeito. Porque se eles estão achando que eles vão (voltar), vai abrir, vai abrir não. Quem manda na cidade de Belo Horizonte, que está proibido evento, é o prefeito de Belo Horizonte. Então se está achando que vai (voltar), “nós vamos reabrir”, aqui não vai abrir. A não ser que procure a justiça e abra, o prefeito não vai abrir, aqui não tem futebol”, garantiu Kalil.
O Ministério da Saúde se mostrou favorável ao retorno das competições, citando o futebol como “atividade esportiva relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social”. Nesta quinta-feira, o governador Romeu Zema e Adriano Aro, presidente da Federação Mineira de Futebol, se reuniram para discutir a volta do futebol em Minas Gerais após o desenvolvimento de um protocolo médico que assegure o bem estar de todos os envolvidos na disputa das partidas. Segundo Adriano Aro, haverá um diálogo com os prefeitos para decidir sobre a possível realização de jogos em cada cidade.
Até o momento, Minas Gerais já registrou 1.872 casos confirmados, com 82 mortes por causa do Covid-19, além de centenas de casos suspeitos, inclusive óbitos.