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Keno fala sobre mudança de esquema do Atlético e diz que está se sacrificando pelo grupo

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FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

O atacante Keno foi um dos destaques da temporada passada (2020), sendo inclusive o artilheiro do Atlético no Brasileiro. Nessa temporada, Keno vive um momento diferente.

Com a mudança de treinador, o time mudou o seu esquema de jogar e isso tem tido um impacto direto no desempenho do atacante.

Hoje pela manhã, em coletiva, na Cidade do Galo, Keno falou sobre a diferença de esquema entre Sampaoli e Cuca e ressaltou que é questão de tempo para o time se adaptar a nova forma de jogar.

É diferente, pela formação dos jogos do Sampaoli com os do Cuca. O Sampaoli jogava mais no ataque, a gente corria pouco para trás. Mas cada um com o seu e tem que ir até a morte. Então, o que ele manda a gente fazer, não só eu, como o Savarino, Marrony, Sasha, todos, o que ele mandar fazer, a gente tem que fazer, porque é o estilo de jogo dele e isso é questão de tempo para a gente se adaptar. A gente acaba cansando quando chega na frente para fazer o gol, mas a gente vai ter que se adaptar com isso, porque é a forma de jogo dele e isso não vai atrapalhar a gente não.

O atacante também falou sobre a questão de ter que voltar muito para ajudar na marcação e na hora de chegar ao ataque para finalizar, bate o cansaço.

Ele manda cada um fazer o seu papel. Se eu estou fazendo o meu papel, Savarino faz o dele e o Hulk faz o dele. Então, independente que eu chegue cansado para fazer o gol, isso acontece. Porque a gente acaba baixando muito a linha e isso dificulta na hora que a temos o contra-ataque para sair. Acaba que a gente fica um pouco abafado. Isso aí, o Cuca vai ter que ver o melhor para a equipe, para poder tentar mudar isso. Mas, dando certo, bola para frente.

Keno destacou também a mudança da forma de jogar de Arana pelo lado esquerdo, mas acredita que com o tempo, a coisa vai se encaixar.

Com o Sampaoli a gente tinha uma estratégia de atacar bastante e dava certo. Com o Cuca, agora, a gente joga com o Arana mais fixado na linha de quatro, eu tenho que acompanhar o lateral. Uma hora isso vai encaixar. Não podemos só pensar em nós, e falar que vamos fazer do nosso jeito. A gente tem o treinador que conhece isso. Então, como eu falei, uma hora tem que dar certo. A gente não vai só ficar sofrendo, correndo para trás. O Arana ano passado, atacou muito, fez gol, deu muitas assistências. Eu também penso em fazer gols, dar muitas assistências, ajudar meus companheiros. Acho que a gente tem que mudar o jeito dentro de campo, na hora de poder atacar e alguém poder segurar um pouco para nós ali. Para a gente poder fazer nossas jogadas e ajudar o clube.

Questionado se iria conversar com o treinador para falar sobre o esquema do time, Keno disse que não, prefere não conversar e se sacrificar pelo grupo.

Eu não sou muito de conversar com o treinador. Eu já trabalhei com ele, no Palmeiras, mas a gente conversa pouco. Não tive essa oportunidade de conversar sobre isso com ele, porque para você correr para o seu companheiro, para ajudar a equipe, você tem que fazer. Então, se ele quer que eu faça isso, eu vou fazer. Se ele ver que eu não estou fazendo, ele vai colocar outro jogador para fazer. A gente tem que fazer o que o treinador pede(…). Nesse jogo mesmo, eu corri demais para trás e quando chegava no terço do meio de campo para frente, não tinha mais perna, porque o lateral-direito está tipo jogando de ponta. Então, você tem que se sacrificar pelo clube, pelos seus companheiros. Como já tinha feito 4 x 0, ele conversou comigo e perguntou se eu estava cansado. Eu falei que estava e ele me tirou. Uma hora você tem que correr para trás, não é só correr para frente. Tem que sacrificar pelo clube, não tem jeito não.

Keno participou de 9 jogos nessa temporada e fez apenas 1 gol, contra a Caldense. O atacante respondeu se essa situação pesa na hora da tomada de decisão, numa jogada decisiva num jogo.

Não pesa. Eu não fico pensando só em mim, eu penso no grupo. Entre decidir, fazer o gol e dar o passe, o que for melhor para eu fazer, eu vou fazer. Independente de eu não estar fazendo gols. Essa falta de gols, nove jogos e um gol, isso para mim, eu não fico preocupado não. Isso porque se o grupo vai bem e eu podendo dar meu melhor para o grupo, sair vencedor, uma hora eu vou fazer o gol. Eu não fico agoniado, isso não pesa na hora. Uma hora ele vai sair.