FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
Texto: Gabriel Coelho
Deu Galo nesta manhã no duelo pela 13 rodada do brasileirão contra o Bahia. Em casa, o time mineiro apresentou mais uma atuação brilhante do aniversariante do dia, Hulk, que marcou dois gols na vitória por 3×0. Após mais 45 minutos decepcionantes numa primeira etapa morna, Cuca mexeu bem no time, lendo a defesa do adversário e adequando o ataque do Atlético.
Além da partida iluminada por Hulk, Cuca contou com uma atuação segura da defesa contra as investidas do time do Bahia, os laterais dificultando o trabalho dos pontas e os zagueiros mantendo a bola distante do Gilberto, que costuma atormentar o Atlético.
Com esse bom resultado o time se firma na tabela do Brasileirão, ocupando a segunda colocação atrás apenas do Palmeiras, com a mesma quantidade de jogos e 3 pontos a mais. O Atlético não pode ser alcançado nesta rodada em que ainda jogam outros times.
O Jogo
Primeiro tempo:
Atlético encontrou na primeira etapa um Bahia complicado com o time bem atrás, numa última linha de 5 homens com apoio defensivo do Patrick de Lucca. A falta de criatividade/opções do time do Cuca foi visível durante todo o primeiro tempo, tendo o grande momento do clube em uma falta numa bela defesa do Matheus Teixeira, no chute do Nacho Fernández. Meia que foi nome absoluto alvinegro do primeiro tempo, tentando com todas as suas habilidades criar oportunidades para o galo.
Enquanto na área de defesa o Bahia se trancava com 5, na linha ofensiva, eram 3 jogadores que ganhavam a atenção da defesa alvinegra: a dupla Rodriguinho e Rossi com o Gilberto mais a frente. Foram pouco efetivos mesmo tendo recebido algumas oportunidades de contra-ataque, também tiveram o melhor momento na partida em bolas paradas.
Fechando um primeiro tempo de morno pra frio numa atuação mediana das duas equipes.
Segundo tempo:
O Atlético voltou a campo com alterações pelo meio campo, Dylan Borrero, que vinha de boas participações, e Alan Franco, que vem tentando recuperar seu bom futebol, apostas do Cuca para este domingo saíram, sem muito brilho, para a entrada de Tchê Tchê que havia sentido o pé e foi poupado para o princípio da partida e acabou entrando no meio tempo, junto ao Eduardo Sasha na intenção de quebrar a linha de 5 da defesa do Bahia. Os primeiros minutos seguiram a tônica do segundo tempo, com o Atlético ganhando força no campo do Bahia e sofrendo com os contra-ataques. Os maiores nomes foram Rodriguinho e Rossi pelas laterais, muito bem guardadas por Dodô e Mariano, ambos terminaram a partida amarelados, não à toa. O Rossi sofreu 7 faltas, rendendo ao Bahia seu melhor momento na segunda etapa.
Segunda etapa que ganharia outro tom, com o aniversariante do dia Hulk, mais uma vez o homem do jogo, pega a bola em um belíssimo ataque numa tabela com o Eduardo Sasha, quebrando a defesa e finalizando para abrir o placar para o Galo. Após o gol, a partida passa a ter outro ritmo, com o galo mais calmo e aproveitando melhor de seu ataque, e o Bahia sem conseguir render ofensivamente. Na intenção de mudar o ataque, Dado Cavalcanti (técnico do Bahia) entra com Galdezani (Ex-Atlético) no meio campo, no lugar de Lucas Araujo e posteriormente, com a mudança dupla, tirando seus melhores jogadores na partida, Rossi e Rodriguinho, para a entrada de Oscar Ruiz e Maycon Douglas, que era cotado para entrar de titular. Rossi foi quem mais incomodou o Atlético durante a partida e saiu inconformado, sobrando até para as garrafas na lateral do campo.
Com o déficit ofensivo do Bahia, sobrou Atlético no campo de ataque. Como não poderia ser diferente, bola no pé do Hulk para uma disparada no misto de velocidade e força para sobrar no 1×1 com o goleiro Matheus Teixeira, que cometeu o pênalti, batido e convertido pelo aniversariante.
Ainda deu tempo para o Cuca descansar seus dois melhores jogadores na partida, Nacho Fernández e Hulk, que saíram para a entrada dos protagonistas do terceiro e último gol da partida, no escanteio de Hyoran, fechadinho na área para a finalização do Nathan que entrou nos acréscimos para deixar o seu.
O que vem por aí
A partida serviu de “aprendizado” para a equipe Alvinegra, que ainda enfrenta o Bahia por mais duas vezes pela Copa do Brasil na próxima rodada. Sob contextos diferentes, mas com um maior entendimento do time adversário, podendo entrar mais “quente” evitando o morno primeiro tempo, nos 45 minutos em que temos sofrido maior pressão adversária.