
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
Como falado na última semana, em matéria do Portal Deus Me Dibre, as obras para conclusão da Arena MRV já ultrapassaram a marca dos 75% de conclusão. O sonho da “casa própria” do torcedor, se aproxima cada vez mais de se tornar realidade.
Entretanto, uma notícia preocupou o atleticano nos últimos dias. O Atlético estaria buscando um novo crédito, de mais R$240 milhões, para entregar o estádio em 2023. Tudo isso, após ser noticiado que a Arena MRV teria um custo fixo, na previsão inicial, de R$410 milhões. Hoje, o estádio está orçado em mais de R$900 milhões.
A explicação dada pelo clube, pelo valor atual da obra, superior a 2 vezes o que foi orçada no princípio, são os aumentos dos insumos, as mudanças feitas no projeto inicial e por toda dificuldade que a pandemia causou na engenharia nacional e internacional.
Entretanto, os valores atuais assustam. A diretoria atleticana, juntamente do colegiado formado por Rubens Menin, Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães, têm tentado achar soluções viáveis.
A primeira delas foi a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), realizada em dezembro de 2021, o que angariou R$200 milhões. Agora, o clube busca captar mais R$240 milhões com a emissão de novos CRI.
O que é o Certificados de Recebíveis Imobiliários?
“Do ponto de vista do emissor, o CRI é um instrumento de captação de recursos destinados a financiar transações do mercado imobiliário e é lastreado em créditos imobiliários, tais como: financiamentos residenciais, comerciais ou para construções, contratos de aluguéis de longo prazo etc.
O Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é um título que gera um direito de crédito ao investidor. Ou seja, o mesmo terá direito a receber uma remuneração (geralmente juros) do emissor e, periodicamente, ou quando do vencimento do título, receberá de volta o valor investido (principal).”
Fonte: B³ Investimentos
Vale ressaltar que em ambas captações, existe um prazo de carência, ou seja, o Atlético não começará a pagar de forma imediata. O pagamento das primeiras parcelas serão efetuadas a partir de outubro de 2023, pouco mais de 6 meses após a inauguração da Arena MRV. Os primeiros R$200 milhões, já aprovados e aportados, serão pagos com um prazo de 93 meses. Já os novos R$240 milhões, que a direção espera receber já em setembro, será pago em até 84 meses.
O pagamento aos investidores será feito com 5% de juros mais taxa DI (Depósito Interbancário).
O CEO da Arena MRV, Bruno Muzzi, em participação no programa “PodFalaGalo”, do portal Fala Galo, falou sobre os Certificados de Recebíveis Imobiliários:
“A questão é que quando a gente faz a antecipação, as pessoas falam “é uma dívida”, porquê é uma operação de mercado. Pra você fazer uma antecipação de recurso, você utiliza deste instrumento que é essa antecipação de mercado.”