MAIS DO QUE IMAGINAMOS E MENOS DO QUE PRECISAMOS

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Seja sincero, se te oferecessem um empate contra o Palmeiras fora de casa sem a necessidade de entrarmos em campo, você fecharia negócio sem pensar duas vezes. Até o duelo deste domingo, vínhamos de uma sequência no Brasileiro de uma vitória em oito jogos, jogando mal, contra os times da parte de baixo da tabela e surpresos pela permanência do treinador. A possibilidade de testarmos um esquema novo contra o vice-líder do campeonato nos deixou ainda mais temerosos pela atuação do nosso Galo em solo paulista. Mas o Atlético é assim, nos mata de raiva contra times fracos e nos enche de esperança com contra equipes fortes.

Tenho o ritual de não comentar arbitragem nos últimos meses para que os holofotes não saiam do planejamento ruim realizado no clube. Há exceções, como a atuação de Rafael Traci, que se destacou negativamente no apito, deixando de marcar um pênalti a favor do Atlético quando Igor Rabello foi empurrado na área. Assim como na partida do Internacional, no Mineirão, sábado (5), a arbitragem brasileira mostra que não adianta a tecnologia ao alcance se a intenção de quem analisa ainda é a mesma do passado. Critério diferente ao distribuir amarelos para Palmeiras e Galo, bronca em Di Santo enquanto Felipe Melo procurava confusão, entre outros momentos do confronto que mostraram a intenção de quem soprava o apito. Luan estava pendurado, foi amarelado e desfalca o Atlético contra o Flamengo. Em falta semelhante no segundo tempo, Maicon Lesma foi calçado, mas o atleta do Palmeiras não foi advertido com cartão.

Voltando ao futebol e deixando de lado o jogo de xadrez dos bastidores, na prática, a escalação com três zagueiros surpreendeu e deu liberdade para Nathan chegar com qualidade na frente e abrir o placar. Weverton, goleiro alviverde, teve trabalho nos chutes de Otero e em cabeçada de Di Santo. Na segunda etapa, Rodrigo Santana abdicou do ataque confiando na capacidade da equipe em segurar a vitória. O Atlético de ataques certeiros deu lugar a um time que só pensava em rifar a bola da defesa para o ataque. Ter jogadores como Maicon Lesma no elenco é correr o risco de vê-lo em campo vez ou outra. Rodrigo Santana manteve o ritual de piorar o desempenho do time nas substituições e optou por Maicon no lugar de Luan. Só não foi mais deprimente que os minutos em que Ricardo Oliveira atuou no lugar de Di Santo. Para completar o tríplice desespero, Zé Welison mostrou em poucos segundos que continua sem sequer dominar uma bola ou acertar passes acima de cinco centímetros.

Antes esperançoso por um empate, o atleticano se viu put* da vida quando Dudu empatou para o Palmeiras. São quatro pontos em vinte e sete disputados e o Galo caminha a passos largos para uma briga na parte de baixo da tabela. Ultrapassados pelo Goiás na 23ª rodada, prosseguimos no vale dos ossos secos contra o Flamengo. Você fecharia um empate antes da bola rolar?

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