FOTO: BRUNO SOUZA / ATLÉTICO
Em meio a um clima quente nos bastidores do Atlético, o empresário, e conselheiro do clube, Ricardo Guimarães, falou, em entrevista ao canal do youtube Fala Galo, sobre a situação da dívida do Atlético, e o planejamento para diminuí-la.
Apesar do Atlético ter recebido grandes premiações, devido a conquista do Brasileiro, da Copa do Brasil, e por ter chegado às semifinais da Libertadores, Ricardo Guimarães deixou bem claro, que não foi o suficiente para diminuir as dívidas do clube.
Ano passado, a gente fez os investimentos. Isso foi importante. Nós não tivemos as rendas que a gente poderia ter. Só no final, que a gente conseguiu ter um movimento de renda bem grande. Nos últimos jogos, quebramos todos os recordes, tivemos um faturamento muito bom. Mas, não tivemos isso, durante o ano todo. Pagamos também. Do mesmo jeito que recebemos prêmios, nós pagamos prêmios também, dividimos esses prêmios. Esse prêmio maior, não entrou todo líquido, para o Atlético. É mais dentro disso. Eu acho que o importante, é que nós, nesse momento, no momento do investimento mais pesado, nós não aumentamos a dívida, em 2021. Eu acho que agora, que nós já elevamos o patamar do Atlético, colocamos ele na prateleira de cima, vamos conseguir manter nesse nível. Mas, vai ter bem menos investimentos, do que teve nos anos anteriores. Então, por isso, que à partir de agora, que veremos essa dívida diminuindo.
Ricardo destaca, que os juros elevadíssimos, existentes nas dívidas do Atlético, são um dos principais agravantes, penalizando o clube no momento.
-Nós viemos de um processo, que nós nos endividamos, conscientemente. Uma dívida, que não é tão perniciosa, porque ela não tem juros, ela não tem a cobrança imediata. Então a gente sempre fala isso. O que mata na dívida, principalmente, são juros elevadíssimos, principalmente nesse ano de 2021, e nesse ano de 2022, que os juros estão subindo muito. Então, isso está penalizando muito o Atlético, na dívida onerosa, não nessa dívida que veio com o Rubens Menin, com o Rafael Menin. Nessa não, porque essa não tem juros. Mas a dívida onerosa, de banco, de processos judiciais, que tem correção, onera muito o clube.
O empresário afirmou, que não haverá mais grandes investimentos dos 4R´s no clube, como foi feito anteriormente. Agora é hora do Atlético trabalhar com os pés no chão.
Então, ainda em 2022, eu imagino, que a dívida praticamente não vai diminuir. Nós aumentamos em determinado momento, mas o aumento que nós fizemos, foi justificado, e, acho que todo mundo aprovou. Porque fizemos um bom investimento com o dinheiro, compramos os jogadores, eles se valorizaram muito. O dinheiro foi para isso. O dinheiro foi para pagar dívidas de diretorias anteriores, dívidas da FIFA, que nós poderíamos ter problemas até de perder pontos. O dinheiro foi muito bem utilizado. À partir de agora, esse investimento que foi feito, a torcida também tem que ver, que temos que trabalhar com os pés no chão. Não vai ter esse investimento todo ano. Não tem condições, de ficar colocando R$ 200 milhões, R$ 300,00 milhões, todo ano, no Atlético. Isso é inviável. Primeiro, que não vai ter dinheiro disponível para isso. Segundo, que você vai criando um nível de endividamento muito elevado.
Ricardo projeta, que até 2026, o Atlético terá quitado as suas dívidas onerosas.
Então, eu imagino que em 2022, final de 2023, a dívida tem a tendência de ir diminuindo. A gente espera, que em 2026, praticamente, estejam realizadas essas dívidas onerosas.