Milito lamenta derrota com um jogador a mais: “Nos escapou uma grande oportunidade de ganhar a Libertadores”

Compartilhe

O técnico do Atlético, Gabriel Milito, demonstrou frustração após a derrota para o Botafogo na final da Conmebol Libertadores. Ele destacou que a equipe não conseguiu tirar proveito da vantagem numérica em campo após a expulsão do volante Gregore aos 30 segundos do primeiro tempo, e ainda sofreu dois gols enquanto estava em superioridade. Para Milito, era uma situação que deveria ter sido mais favorável ao Galo:

“Vá ser muito difícil a todos que participaram dessa final. Tivemos uma oportunidade tão favorável como de hoje, jogando toda a partida com um jogador a mais, é uma grande vantagem que não pudemos aproveitar, indo ao intervalo perdendo por dois a zero. Isso foi um golpe bastante duro para nós, os jogadores foram para o segundo tempo com a ideia de marcar o primeiro gol que chegou rápido, e depois tentar gerar situações de perigo, que creio que aconteceu. Nos escapou uma grande oportunidade de ganhar a Copa Libertadores.”

O técnico alvinegro lamentou muito a incapacidade da sua equipe tirar proveito do fato de ter um jogador a mais, tendo sofrido dois gols. Sobre o terceiro gol sofrido, o comandante minimizou devido ao fato de ter acontecido já nos acréscimos. O argentino falou sobre a dor que sentia pelos torcedores e também dos jogadores com a perda do título:

“Algo de positivo depois de perder uma final é difícil de encontrar. É uma final, deveríamos ter aproveitado melhor ter um jogador a mais e sobretudo evitado os dois primeiros gols. O terceiro já foi diferente porque não havia mais tempo, e o jogo já estava praticamente terminado. Encerramos essa final vendo a cara da derrota que não queríamos ver, queríamos ver a vitória e não pudemos. Por isso a dor e a tristeza. Agradeço aos torcedores do Galo que vieram à Buenos Aires fazendo um grande esforço para nos acompanhar a buscar esse título. Sinto muita dor por eles, pelos jogadores que se doaram ao máximo e não conseguiram. Agora é um momento complicado, duro e difícil que teremos que atravessar e seguir adiante.”

Milito destacou que a expulsão do jogador do Botafogo mudou o plano de jogo do Atlético-MG, forçando ajustes para tentar aproveitar a superioridade numérica. Ele explicou a dificuldade em criar chances contra a defesa fechada do adversário e as mudanças no intervalo para buscar o empate após o 2 a 0. Apesar da melhora e das oportunidades criadas, o time não conseguiu reverter o placar:

“É verdade que o jogo que imaginávamos foi totalmente diferente devido a expulsão do jogador do Botafogo. Pensei que com essa linha de três e dois iria me permitir atacar melhor e gerar mais perigo ao Botafogo que, como é normal, se fechou mais próximo ao seu gol e é mais difícil gerar ataque, por isso solicitamos que Lyanco e Junior subiram como fizeram e não faltou gerar mais perigo. No intervalo perdendo por 2 a 0 sentimos que era necessário mudar o ataque, creio que melhoramos e tivemos situações para empatar a final. Mudamos por ter um jogador a mais e um resultado desfavorável.”

Questionado sobre a sequência de 11 jogos sem vitória à frente do Atlético-MG, Milito reconheceu a responsabilidade pela fase difícil. O treinador afirmou que é seu dever buscar uma reação imediata e destacou a importância de conquistar as duas vitórias restantes no Brasileirão para encerrar a temporada de forma mais positiva:

“Somos profissionais, temos que assumir a responsabilidade. Eu sou o primeiro a assumir a responsabilidade dessa sequência ruim dos últimos trinta dias, inesperada para todos nós. Temos dois jogos para fechar a temporada, terminar o Brasileiro e agora necessitamos recuperar força, levantar o ânimo dos jogadores para encarar o Vasco e encerrar contra o Athletico Paranaense. Estamos conscientes que precisamos ganhar os dois jogos para ter chance de Libertadores ou a Sul-Americana.”

Por fim, Milito evitou falar sobre o futuro e reforçou a importância de levantar a cabeça, focar nos dois últimos jogos do Brasileirão para somar pontos e, depois, planejar a próxima temporada:

“Em relação ao futuro, agora minha mente está com os jogadores, porque sei a dores que sentem, o sonho que tinham de ganhar a Libertadores e quando não se consegue a dor é muito grande. É levantar amanhã e seguir adiante para competir, tentar somar os seis pontos e ver que colocação terminamos para pensar na próxima temporada.”

Compartilhe