
O empate entre Atlético e Cuiabá no último sábado (17), na Arena MRV, deixou um sentimento de “frustração” no lado mineiro. Quem falou sobre isso foi o técnico Gabriel Milito.
Em coletiva de imprensa, o argentino falou sobre a frustração que fica em mais um empate do Atlético contra uma equipe da parte de baixo. Dos times que ocupam as 6 últimas colocações, o clube mineiro enfrentou 4 na Arena MRV e venceu apenas 1 (Corinthians – 2 x1). Diante de Criciúma, Atlético-GO e agora Cuiabá, 3 empates por 1 x 1.
“É verdade, perdemos pontos para equipes que estão na parte de baixo da classificação. Eu entendo que estamos jogando futebol e tudo pode acontecer. Mas todos nós imaginávamos que não iríamos perder esses pontos contra esses times, respeitando todos eles. Por isso fica uma frustração! Sobretudo na partida de hoje, onde estávamos ganhando, contra o Criciúma, quando também estávamos vencendo. Sem dúvida que são pontos perdidos que doem”, falou Milito.
Ainda sobre o jogo, o treinador completou:
É frustrante empatar em casa, um resultado negativo. Creio que a equipe pode jogar melhor, isso é minha responsabilidade. Sei que o Arana, Paulinho e Scarpa poderiam jogar hoje, mas eles estão acumulando muitos minutos. E em 3 dias, vamos ter a partida mais importante da temporada. O empate de hoje não tem relação com quem jogou. Quando tivemos a oportunidade de fazer 2 x 0, tínhamos que ter feito.
Mais uma vez o gramado da Arena MRV voltou a ser tema na coletiva. Durante a partida foi bastante visível a péssima condição do campo. Na zona mista, os jogadores do clube criticaram bastante o gramado. O atacante Paulinho chegou a falar que Belo Horizonte “Tem o Independência, tem o Mineirão… Qualquer um dos dois estádios de BH vai nos ajudar mais do que a Arena”.
Questionado sobre o assunto, Milito falou:
O campo de jogo não está em ótimas condições, condições que desejamos. Principalmente pela nossa maneira de jogar! Por outro lado, sei que o clube fez uma mudança buscando melhorar, que isso seria questão de tempo. Todos queremos jogar em um gramado melhor, principalmente os jogadores. Assim podem jogar melhor e até evitar lesões. Tanto dos nossos jogadores quanto dos adversários que enfrentamos aqui.
E completou:
Eu sei bem das dificuldades e tenho uma experiência ruim. Anos atrás, jogando pela seleção argentina na Espanha, contra a Espanha, em Múrcia. Eles haviam inaugurado um estádio espetacular, mas o gramado era novo, ele se movia! Desta forma aconteceu algo muito grave com o Maxi Rodríguez. Nesta partida ele rompeu o ligamento cruzado anterior. Então é prejudicial para o jogo e para a saúde do jogador. Mais uma vez, eu sei que o clube está fazendo um grande esforço para melhorar o campo, mas isso não vai acontecer de um dia para o outro. Sei que os jogadores preferem jogar em um gramado em perfeitas condições, mas é isso que temos. Precisamos nos adaptar e competir!
Outro assunto importante abordado pelo treinador foi Zaracho. Mais uma vez, o argentino ficou no banco de reservas. Entretanto, desta vez o meia não foi nem acionado durante a partida.
“Se o Zaracho estivesse bem, seria comigo titular em todos os jogos. Vocês se recordam da partida contra o Internacional, fora de casa, quando ele saiu aos 20 minutos com muitas dores no púbis? Ele ainda não superou essas dores! Ele está em tratamento, se esforçando ao máximo junto da equipe médica, mas ainda sente dor. Se não fosse isso, jogaria comigo sempre! Preciso deixar isso claro, o Zaracho não está tendo a minutagem que eu gostaria que ele tivesse, simplesmente por um problema no púbis. Quando ele joga 15 ou 20 minutos, é porquê é o que ele tolera”, concluiu.