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Mohamed fala sobre sua adaptação à Belo Horizonte, ao Atlético e comenta fanatismo do torcedor

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FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

O técnico Antonio Mohamed chegou ao Atlético no dia 17 de janeiro, quando comandou o primeiro treino do time na Cidade do Galo. Passados quase dois meses, o treinador já comandou o time em 31 jogos, com 21 vitórias, 7 empates e 3 derrotas. Neste tempo, também conquistou dois títulos, a Supercopa e o Campeonato Mineiro.

Mohamed abriu as portas de sua casa e recebeu a equipe da Galo TV para falar um pouco sobre esses meses no Atlético, um pouco sobre o seu lado pessoal e claro, sobre a torcida do Atlético. O técnico se diz totalmente ambientado a Belo Horizonte, e destacou a forma com que foi acolhido no clube.

Estou muito adaptado. Estou muito feliz, muito contente. O pessoal de Minas Gerais, do clube, são pessoas de primeiro nível, espetaculares. Me fizeram sentir como parte de suas famílias, e isso é muito importante, a parte humana é muito importante. Para uma pessoa estrangeira, que vem trabalhar sozinho, e ter gente no clube que faz você se sentir como parte de sua família é muito importante.

Mohamed fez questão de elogiar todos do clube, e disse que sente como se já estivesse há muito mais tempo no Atlético.

As pessoas que estão no clube. As pessoas que trabalham no clube. São incríveis, incríveis como pessoas, tudo. Do Rodrigo Caetano, o primeiro que me ligou, para falar por videoconferência, Carlos Alberto Isidoro, e sua recepção. As pessoas da comunicação, os jogadores, as pessoas da rouparia, departamento médico. As pessoas da cozinha, tudo, tudo. Nós, nossa comissão técnica, também somos pessoas abertas, que realmente valorizamos as pessoas. Então, é isso o que mais ajudou. Só estamos aqui há três meses e meio, quatro meses, parece que estamos há dois anos.

O treinador, que mora em um condomínio em Vespasiano, próximo a Cidade do Galo, expôs um pouco da sua intimidade, no dia a dia de sua casa, quando está de folga.

Primeiro que estou muito perto do CT ( Cidade do Galo ), isso é muito importante. Fico sentado no sofá, próximo da piscina, para ver os jogos no aplicativo pelo iPad, e tomar sol. Descanso muito ali.

Sobre a torcida atleticana, o técnico destacou o fanatismo dos torcedores, assim como a grande exigência dos torcedores por títulos.

O torcedor do Galo é Galo. Não importa nada mais. Tem o seu rival bem identificado, tem o seu clássico bem identificado, em um outro rival de outra cidade bem identificado, mas não vou citar o nome. Mas a identidade do Galo é a identidade do Galo. São muito fanáticos por seu clube, muitos torcedores. E se acostumaram no ano passado a ganhar tudo, e por isso o torcedor do Galo está muito exigente. Mas tem muita identidade. Com seu escudo, com suas cores. Muito apaixonados.

Questionado sobre qual a principal diferença de se trabalhar no futebol Argentino e no futebol Brasileiro, o técnico afirmou que é a questão de tempo de trabalho, principalmente entre os jogos.

A diferença é que aqui tenho muito pouco tempo para trabalhar, porque jogamos a cada três dias, dois dias. Viagem, descanso, recuperação, preparar o time, e quando preparo o time, não tenho tempo para fazer distâncias longas no treinamento, porque não posso estender o treinamento, porque os jogadores precisam guardar energia para jogar amanhã. Essa é a grande diferença. Na Argentina se tem muito mais espaço para as competições, não tem tanta competições. A Copa Argentina se joga apenas um jogo, não é ida e volta. Então sempre há mais semanas longas para poder trabalhar, sempre tem espaço. No México também.