Mohamed valoriza o empate e destaca a entrega do Atlético que lutou até o fim

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FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

O Atlético empatou com o América, em 1 x 1, pela segunda rodada da Copa Libertadores da América, ontem à noite, no Mineirão. No outro jogo do grupo, Tolima e Independiente Del Valle, também ficaram no empate, 2 x2. Com esses resultados o Galo está em primeiro lugar do grupo, empatado com o Independiente Del Valle, com 4 pontos.

Após o jogo, o técnico Mohamed falou sobre a estratégia usada pelo Atlético ontem, destacou a entrega do time, e valorizou o ponto ganho.

No segundo tempo, a estratégia foi cruzar a bola. O primeiro tempo não, jogamos como jogamos sempre, faltou cruzar mais a bola, porque eles estavam muito fechados, e havia espaços pelos lados. Tivemos muita posse de bola, tivemos determinação. Temos que destacar a intensidade, a atitude da equipe, que nunca se dá por vencida. Um clássico, uma partida de Copa Libertadores, então pode acontecer qualquer coisa. E a nossa equipe nunca se entrega, lutou até o final, e por isso conseguimos um empate que é valioso, porque somamos um ponto, e tirarmos dois pontos de um rival na disputa pela Libertadores.

Mohamed admitiu que foi surpreendido pela maneira de jogar do América, com a mudança de seu treinador.

Não tínhamos uma referência de como iam jogar, por isso escalamos uma equipe com mais jogo por dentro para buscar associações e desordenar as marcações individuais. Mas não foi assim. Trocaram de treinador, e jogaram de uma maneira diferente do que vinham jogando. Então, no segundo tempo tive que modificar e colocar jogadores mais rápidos, de um contra um. Não tínhamos uma referência de como iam jogar, por isso buscamos um time com meio-campistas que joguem mais por dentro e procuramos associações para desordenar essas perseguições individuais. Mas não foi assim. Jogaram com marcação por zona, recuados, em um terço baixo do campo. E num chute de longe fizeram o gol. E assim é o futebol. Nós tivemos muitas oportunidades mas não tivemos precisão nas finalizações.

Sobre a entrada de Vargas no lugar de Keno, que não jogou por estar com dores no quadril, o treinador disse que a ideia era que o chileno jogasse mais próximo de Hulk, e lamentou que o time não conseguiu fazer um gol antes do rival.

Keno não jogou, porque está com uma lesão. Vargas vinha com pouco ritmo de jogo. A ideia era de que o Vargas se associasse com o Hulk, encontrasse um chute de fora. É um jogador de hierarquia. A ideia era a profundidade do Arana e do Mariano, era o plano no primeiro tempo. Não é que não saiu bem, mas não tivemos contundência. Mas tivemos 600 passes, mais de 20 chutes a gol, não sei quantos escanteios, elevamos só um chute no gol. Em um momento tivemos impressão de que estava desordenado defensivamente por conta da transição em velocidade, mas não foi assim. Houve uma que foi gol. O plano de partida não esteve mal. O que esteve mal, foi que não pudemos concretizar e fazer o primeiro gol antes do rival. Mas eles também tiveram uma boa atuação.

Questionado sobre a escolha de Godin para começar jogando ao lado de Nathan, mesmo com o América tendo um ataque muito veloz, Mohamed justificou dizendo que o jogador já marcou jogadores rápidos, e a intensão era colocar para jogar quem está melhor fisicamente.

É um jogador de hierarquia e já jogou contra outros jogadores rápidos. São situações que podem acontecer na partida. Não gosto de falar de uma situação específica. Ele resolveu outros tipos de situação, e não há problema. O erro é parte do jogo. Nossa intenção era jogar com jogadores que estivessem mais descansados, que não tenham tantos jogos. Junior não jogava fazia tempo e já tinha jogado dois jogos consecutivos. Tivemos que ter um cuidado com Nathan, porque tinha levado cartão amarelo e feito outras duas faltas. É um jogo em que às vezes as coisas não saem como planejamos. Quando a equipe não ganha ou quando comete um erro, sempre a culpa é minha, do treinador. Sempre, sempre. E quando há um planejamento mal feito, assumo minha responsabilidade.

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