
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
A manhã desta quinta-feira (12) foi de muitas perguntas e esclarecimentos na Cidade do Galo. O Diretor de Futebol alvinegro, Rodrigo Caetano, concedeu entrevista coletiva no CT de Vespasiano, respondendo aos jornalistas sobre o atual momento do clube, sobre o técnico Antonio Mohamed, sobre negociações e principalmente, erros de arbitragem que no entender do Atlético, tem prejudicado o time sistematicamente nas últimas partidas.
Sobre o treinador, que vem recebendo críticas de parte da imprensa e de alguns torcedores nas redes sociais, Caetano falou:
Nossa convicção é de confiança total no trabalho que vem sendo feito, seja pelos resultados, seja pela metodologia e o bom ambiente, apesar dos quatro jogos sem vitória. Pelo grupo, os profissionais e a comissão técnica que temos, vamos nos preparar muito para voltar a vencer e conseguir uma boa sequência de vitórias, que nos deu a conquista do Brasileiro no ano passado.
A fala do dirigente remete muito ao que aconteceu no Campeonato Brasileiro de 2021, quando o Galo acabou ficando com o título. A série ruim de 4 jogos sem vencer, com 3 empates e uma derrota, é bem parecida com a que Cuca teve no começo da competição nacional do último ano. Em 6 rodadas deste Brasileirão, o Atlético soma 9 pontos (2V, 3E e 1D). No recorte das 7 primeiras rodadas do campeonato de 2021, o Galo somava 10 pontos (3V, 1E e 3D).
A partir daí, o clube mineiro conseguiu uma grande série invicta, chegando a ficar 18 partidas sem saber o que era perder, com 14 vitórias e 4 empates. Foram 9 vitórias consecutivas, que levaram o Galo a ponta da tabela, da onde ele nunca mais saiu.

O dirigente ainda completou:
Não se faz reformulação com time campeão, com equipe que teve bom desempenho. Pode se falar em mudança em equipe rebaixada. Não vamos eternamente recomeçar.
Sobre essa “reformulação”, que muito tem sido comentado, principalmente no setor defensivo do time, que hoje conta com 5 jogadores, sendo que 4 com os vínculos se encerrando ao final do ano, Rodrigo falou:
Temos hoje cinco zagueiros, sendo que não temos controle de como será a situação do Alonso, situação do Godín, que encerra, o Réver a gente controla, o Nathan é um jogador visto pelo mundo inteiro. Temos que estar atentos a esse setor da equipe. Mas não é para esse ano. Não tenho definição sobre o Igor, temos interesse que ele permaneça. Até julho a gente vai ter que ter uma definição para projetar o segundo semestre e o próximo ano.
Outro ponto levantado na entrevista, foi a arbitragem. Questionado se a pressão que houve de alguns clubes e dirigentes no ano passado, sobre o número de pênaltis marcados a favor do Atlético, poderia estar pressionando a arbitragem neste ano, Caetano falou:
Penso que tem reflexo sim. Sabemos como é composto esse STJD, auditores ligados a vários outros clubes. E por um comentário nas redes sociais, o Hulk foi denunciado. O lance de ontem foi absurdo. A gente conhece as regras e investimos na orientação das regras aqui dentro. Inacreditável o lance anulado, o pênalti e o cartão vermelho, que mudariam a história do jogo. São lances recorrentes, que nos deixam preocupados com o futuro.
Nosso presidente já foi à CBF, mandamos ofício. Mandaremos novamente sobre o lance absurdo de ontem. Isso tudo nos preocupa. Lances que são interpretados para o Atlético de uma forma e para os outros clubes de outra. O lance do Danilo Barcelos nem foi chamado pelo VAR. E o pênalti ao final do jogo foi chamado pelo VAR
O Atlético reclama bastante de dois lances em que, na opinião do clube e de comentaristas especializados em arbitragem, a análise do VAR com o árbitro de campo, foram consideradas equivocadas. O primeiro na não expulsão do lateral Danilo Barcelos, do Goiás, logo nos primeiros minutos do jogo em Goiânia, que acabara empatado em 2 x 2. O segundo, no empate diante do Red Bull Bragantino, na noite da última quarta-feira (11), quando um pênalti a favor do clube e uma expulsão do jogador adversário, no mesmo lance, também no começo da partida, foram retirados pelo árbitro após análise no vídeo.