
Foto: BRUNO CANTINI
Há uns anos, Zaratustra seria incapaz de profetizar que a massa do galo iria começar a morrer gradualmente.
Porém, estamos no primeiro semestre de 2019 e o atleticano de internet turista de estádio enche a boca para falar da bancada do galo, mas quase nunca está presente nela colaborando para a festa. Cobram da diretoria (com razão), mas quando é para botar a cara e apoiar o galo incondicionalmente, surge até missa de sétimo dia do cachorro da vizinha pra dar desculpa de não ir ao estádio.
Por outro lado temos o resto que ainda se dispõe a ir torcer pro galo, mas que insiste em “provocar” o rival das maneiras mais idiotas possíveis e xingar jogador dentro de campo, a veia do pescoço chega a saltar nessas situações, mas quando é para cantar o hino do galo parece que estou em um jogo de qualquer outro time menos do Clube Atlético Mineiro .
A moral alvinegra está completamente abalada pelos pastores, além do que está com a nove do galo atualmente, são os devotos de São Victor do horto, batizados em 2013, nascidos com os 280 caracteres do Twitter, voltados a cornetar tudo que diz respeito ao “clube que ama”.
Ainda é possível encontrar alguns Übermenschs nas arquibancadas, pulando feito pulgas, gritando feito loucos, que fazem a moral alvinegra ficar acesa como uma chama que quase se apaga, mas se inflama com um carrinho do Luan ou uma defesa de pênalti do santo.
E como disse Zaratustra: Aqui é galo porra!
Texto:
Frederico Caixeta