O DESTAQUE CONTRA A CALDENSE NÃO JOGA NA TERÇA

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Victor viveu dias ruins no clube, assim como todos os atletas dos elencos formados nos últimos anos. Vítima de um sistema defensivo desorganizado? Talvez, mas o período ruim nos levou ao questionamento de quem seria o substituto do santo no futuro. Reserva imediato por algumas temporadas, Giovanni nunca passou segurança à torcida, além de estar com idade avançada quando Victor pendurar a chuteira esquerda.

Sempre fominha ao querer jogar o maior número de partidas possíveis, Victor dificultou testes em nomes que surgiram como candidatos à vaga de Giovanni. Uilson se destacou na Florida Cup, mas não emplacou e seguidas lesões abriram espaço para que Cleiton fosse o reserva imediato, dessa vez com mais chances para mostrar que pode ser o herdeiro das luvas.

Demonstrando certa ansiedade nas primeiras oportunidades, Cleiton apresenta mais confiança debaixo das traves atualmente e, principalmente, com a bola nos pés, ponto fraco de Victor. Uilson também teve essa característica aprimorada ainda nas categorias de base, o que deveria ser repetido geração após geração para melhor aproveitamento do atleta em determinados sistemas de jogo.
Ao analisar as peças escaladas contra a Caldense, Levir Culpi já imaginava com quem poderia contar ou não contra o Danubio, terça-feira, pela Copa Libertadores. O clube pode ir além, pensando no futuro, para que nunca mais vejamos o filme de terror da década passada, quando homens com mais de 1,80m que passavam na porta da Cidade do Galo e faziam testes na meta alvinegra.

Ao abordar o assunto no canal do Camisa Doze, no Youtube, um torcedor disse que o assunto “substituto do Victor” não deveria ser discutido por agora, comparando o santo com outros goleiros mais velhos. O futebol profissional pede que você esteja sempre um passo à frente dos problemas, preparado para imprevistos e os trinta e seis anos de Victor acendem a luz amarela de atenção para o substituto. Cleiton, de 1,90m, soprou apenas vinte e uma velinhas, muito jovem, mas com a transição para o profissional acertada, aparentemente. Um clube carioca teria demonstrado interesse em leva-lo por empréstimo em 2019, mas o Galo o quis por perto. Se Victor optar por uma aposentaria tardia, talvez emprestá-lo seja a melhor decisão no futuro, mas não por agora.

Poucos jogos a menos na lista de partidas disputadas não farão falta na vitoriosa história de Victor pelo clube, mas serão de extrema importância nos próximos meses para Cleiton. Usamos agora, no Mineiro, o momento certo, para percebemos como a camisa do profissional pesou para o jovem atleta. Em eventuais lesões (tá amarrado em nome de Jesus) ou suspensões, não teremos crises de taquicardia e hipertensão na semana. “Tá tranquilo, deixa o Cleiton”.

As taças conquistadas na atual década mostraram a importância de um bom arqueiro debaixo das traves e que goleiro bom não se negocia. Porém, os deuses do futebol não curtem a ideia de eternidade aos ídolos e tiveram a péssima ideia de seguir o tempo dos humanos. Victor, muitas vezes injustiçado por nós, meros mortais, é candidato a maior ídolo de todos os tempos e a contribuição dele para o crescimento de Cleiton o tornará ainda mais gigante. Agarra essa, Cleiton.

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