
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
A semana atleticana dentro das 4 linhas começou apenas na última terça-feira (11), com o início da preparação para o confronto do próximo sábado (15), quando o clube alvinegro viaja ao Rio de Janeiro, para enfrentar o Flamengo, no Maracanã. Entretanto, fora de campo o noticiário foi quente. A notícia de que o Atlético sofreu um “Transfer Ban”, aplicado pela FIFA, por conta do não pagamento de uma parcela ao River Plate, referente a compra de Nacho Fernández, em 2021, pegou muita gente de surpresa.
Com a sansão aplicada pela entidade responsável por gerir o futebol internacional, o Atlético fica proibido de inscrever novos jogadores, enquanto não pagar o que deve ao clube argentino.

Nesta quinta-feira (13), Rodrigo Caetano, em entrevista ao programa Rádio Esportes da Itatiaia, falou sobre o assunto e afirmou que o time mineiro já tem uma repactuação junto ao River Plate:
É fato que estamos com esse impeditivo junto a FIFA. Mas é algo muito pontual. O Galo, posso não estar sendo preciso, mas parece que já são quase 34 milhões de euros já pagos em ações na FIFA e na aquisições de atletas desde o ano de 2020. E esse caso pontual (Nacho) foi um desencaixe de fluxo, mesmo, mas já existe essa repactuação com o River, para que assim que tiver esses recursos, resolver isso prontamente e tirar esse problema do “Transfer Ban”.
Uma das maiores contratações da história do Atlético, Nacho Fernández custou aos cofres do clube a época, 6 milhões de dólares. De acordo com os “Milionários”, como é conhecido o River Plate, ainda resta ao Galo pagar 2,5 milhões de dólares (R$13,2 milhões na cotação atual), que deveria ter sido quitado em dezembro de 2021.
O homem forte do futebol alvinegro, falou também sobre o tamanho da dívida do Atlético.
Em entrevista ao programa “Último Lance”, da TNT Sports, o dirigente respondeu sobre a necessidade dos clubes brasileiros, principalmente do Galo, em ter uma maior consciência financeira:
O Galo é o time que mais deve no futebol brasileiro. Você acha que é por conta de 1, 2, 3, 4 ou 5 anos apenas? Então assim, nós carregamos essa responsabilidade, e eu sei que o torcedor, como é paixão, tem o objetivo de ganhar, às vezes de qualquer jeito, mas o nosso não! O nosso quando digo são os profissionais do futebol. Se não, se estimula essa coisa de moer gente, moer carne, que é prejudicial e a conta chega. Não tem jeito, a conta chega! E que bom que chega. Se não, os nossos clubes seriam tratados com mais irresponsabilidade ainda. Então, que bom que em algum momento tem que haver esse freio e que se faça as coisas conforme o “tamanho da sua perna”. Fazer as ações conforme é possível o seu bolso e não para que um dia alguém pague a sua conta.
Caetano finalizou dizendo da importância da conscientização das pessoas que participam do futebol, sobre a profissionalização do esporte:
Nos temos um papel importante, todos, no meu caso como profissional de futebol, os jornalistas, enfim… é conscientizar o torcedor para que os clubes não façam as coisas de qualquer forma. Que eles não sejam estimulados a isso. Que entendam que a profissionalização dos clubes não é apenas fundamental, mas é necessária. Na hora da manutenção por mais tempo de um técnico, porque isso, onera, traz enormes consequências para os clubes.