O INEXPERIENTE RICARDO OLIVEIRA

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

O mundo dá voltas, já dizia aquela letra de um bom disco do CPM 22. Dias atrás, nesse mesmo site, minha crônica listava as vantagens da permanência de Ricardo Oliveira na Cidade do Galo. Ele poderia contribuir com as palavras certas nos momentos de crise e ajudar a blindar o elenco nos momentos de pressão, tudo que um líder com sua experiência deve exercer nos momentos decisivos. E foram exatamente essas as características que faltaram ao Pastor contra o Santos.

Dias após o entrevero entre Luan e Cazares através dos microfones, Ricardo garante a continuidade das manchetes que especulam uma crise interna desnecessária para o bom momento vivido pelo clube. As duas situações pediam solução no vestiário, longe das câmeras. Ao ser substituído, o dono da nove não teve a atitude que esperávamos do atleta mais experiente no grupo, deixou o técnico interino constrangido com a bola ainda rolando e na entrevista pós-jogo. Por enfrentar certa resistência de parte da torcida e imprensa pela inexperiência em um time de Série A, Rodrigo Santana precisa do total apoio dos “cascudos” do elenco.

A classificação na Sul-Americana e na Copa do Brasil deram ao Galo a sonhada paz após meses de crise intensa. Atletas em baixa deram a volta por cima, o moleque da base não para de balançar as redes e vitórias fora de casa afastaram o pesadelo das partidas longe de Belo Horizonte. Cenário perfeito para unir torcida e time no segundo semestre, exatamente o que o próprio Ricardo Oliveira propunha naquele longo discurso na Cidade do Galo, em setembro de 2017.

Antes de arremessar o copo de água no chão, Ricardo parece falar com Santana que é o responsável pelo trabalho sujo. Com Oliveira titular, fomos eliminados na fase de grupos da Copa Libertadores da América com uma rodada de antecipação. Alerrandro assumiu a bronca fora de casa, marcou dois gols e garantiu o Galo na Sul-Americana. O mesmo Alerrandro teve poucos minutos no jogo da volta contra o Unión La Calera pela Sul-Americana e levou o jogo para as penalidades ao balançar as redes. O prata da casa brigou pela artilharia do Estadual enquanto esteve em campo e fez questão de destacar nas entrevistas como se inspira no concorrente da posição. O menino de 19 anos foi gigante, fez o trabalho sujo e exibiu um sorriso limpo. Aprende, Ricardo!

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