
O Atlético perdeu, não convenceu, mas conseguiu se classificar para mais uma final de Campeonato Mineiro. A equipe de Luiz Felipe Scolari acabou derrotada para o América na noite deste domingo (17) no Independência por 2 x 1, mas viu, graças a vitória na partida de ida por 2 x 0, seu time chegar a 18ª final consecutiva de estadual.
O treinador já havia sido bastante criticado antes mesmo do jogo começar. Quando a escalação foi divulgada, cerca de uma hora antes da partida, a saída de Alisson do time para a entrada de mais um volante de marcação não foi muito bem absorvida pelo torcedor.
Questionado se a decisão de mandar a campo um time mais defensivo tinha relação a vantagem conquistada no último final de semana, o treinador confirmou:
Sim! Foi o resultado! Havíamos vencido por 2 x 0, tínhamos o resultado conosco. Imaginávamos não correr tantos riscos com essa formação. Infelizmente tomamos o gol com 4 minutos, mas felizmente fizemos o gol com 2 minutos do segundo tempo. A gente tem que saber o que é cada momento e precisamos passar isso para os nossos jogadores. Tivemos os primeiros minutos ruins no primeiro tempo e fizemos um segundo tempo maravilhoso. Tivemos a bola do jogo e a bola bateu no goleiro deles. O Jacaré acertou um chute que nem daqui 100 anos vamos ver um igual. São situações que acontecem para lá e não acontecem para cá! Uma vez será a seu favor e na outra, contra!
Mas a ideia de Felipão não funcionou. Logo nos primeiros minutos o América abriu o marcador e viu a vantagem atleticana cair pela metade. Scolari também comentou sobre o assunto: “Não deu certo nos primeiros minutos porquê nós entramos sem competir com a equipe do América. Eles fizeram o gol primeiro! Eles tiveram um ímpeto inicial e nós deveríamos ser sabedores disso! Só fomos competir depois dos 15 minutos inicias e aí as coisas ficaram mais equilibradas”.
Se o primeiro tempo do Atlético foi muito ruim, o segundo foi um pouco melhor. Apenas com uma modificação no intervalo, o Galo conseguiu voltar a campo mais competitivo. Nas palavras do treinador, a entrada de Rubens no lugar de Igor Gomes deixou o time mais “vibrante”:
Optamos por colocar o Rubens por ser um jogador mais móvel, mais vibrante e que poderia dar mais sangue para a equipe naquele segundo tempo. Foi isso que aconteceu!
Questionado sobre as análises que vem sendo feitas por torcedores e jornalistas, de que alguns jogadores podem estar atuando de forma errada, Felipão respondeu:
O torcedor faz a análise que ele entende, não a que nós entendemos. Nós precisamos entender o torcedor e espero que o torcedor entenda o técnico. O técnico não tem o que explicar. Os dias da semana são trabalhados com esses atletas. Colocamos o que achamos de melhor, nas posições que achamos que é o correto.
Quem não entrou em campo neste domingo foi Alisson. Um dos grandes destaques do Atlético nos últimos jogos, o meia-atacante ficou os 90 minutos no banco de reservas.
O comandante do time falou sobre a opção:
Ele está começando a ser preparado e vai entrar em jogos de pressão daqui para frente. Nós não temos tempo de preparar mais nada. Daqui para frente são 8 ou 9 jogos por mês. Vamos ter alguns trabalhos na parte física, técnica e mental, que é importante para o Alisson. Ele não jogou hoje por ser um jogo decisivo que ele poderia sentir mais, do que em qualquer outro jogo. Ele vem aprendendo mais a parte tática. Ele é um jogador que ainda está sendo desenvolvido, que não está pronto. Vamos colocando jogadores que nós achamos estar mais pronto.
Felipão encerrou a coletiva respondendo se está satisfeito com o que o Atlético vem demonstrando nos jogos:
Eu não estou satisfeitíssimo, mas estou consciente de que tenho um time muito bom, com jogadores bons. Fizemos uma campanha razoável, mas que chegamos novamente na final. Então alguma coisa tem de bom.