O TORCEDOR TORCE, O SANTANÃO TREINA

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

A má fase nos leva à loucura! O pior é que nossa fase não é ruim, mesmo que não estejamos no paraíso. Atualmente estamos estressados com a cor do zíper do agasalho vendido nas lojas e a arte publicada nas redes sociais da Conmebol, azul e com erros ortográficos. É que a lista de problemas vem diminuindo e nós ficamos sem assunto nas redes sociais, então a MaçonaGalo, uma sociedade secreta de atleticanos, procura tópicos polêmicos e lançam em forma de hashtags para causar pânico geral.

Nós demoramos sete meses do ano para achar onze titulares e eles levaram o time às melhores apresentações da temporada. A transição da defesa para o ataque melhorou, a criação evoluiu e a zaga não cumpre o ritual de figurar entre as piores do campeonato. Repito, nada está perfeito, mas melhoramos com a escalação atual. Desde então, qual foi o comportamento de parte da arquibancada? Pedir mudanças na escalação!

Meses atrás, nesse mesmo espaço, falei sobre o trio Luan, Cazares e Chará, bom no papel, mas que não dava liga, desde 2018, e nós insistíamos na formação. Quem teria coragem de tirar o ídolo Luan do time com o risco de ver cara feia nas entrevistas? Santanão foi mais doido que o Rambo saindo da lagoa com metralhadora nas mãos para atirar nos inimigos. Quando Adilson anunciou a aposentadoria, tínhamos certeza de que Zé Welison seria o homem do meio, mas o professor viu potencial em um tal Jair, com popularidade mais baixa que deputado em Brasília. O Rodrigão acertou ao voltar com o Patric, optar por Jair, encaixar o Vina, decisões que, a princípio, aguçaram sentimentos de ódio nos nossos corações. Então agora é hora de o torcedor torcer e o treinador treinar (e escalar).

Através do Camisa Doze, Alterosa Esporte, Rádio da Massa Atleticana e nosso querido Deus Me Dibre, recebo muitas mensagens de atleticanos querendo as saídas do Victor, Patric, Guga, Leo Silva, Igor Rabello, Fábio Santos, Hernández, Elias, Martínez, Nathan, Zé Welison, Otero, Cazares, Chará, Ricardo Oliveira, Vina, Alerrandro e Papagaio. Pela lógica do internauta, é melhor colocar um atleta em má fase, mas testar novas opções. Pedem a volta do Luan e do Otero, mesmo que a dupla esteja na pior fase com a camisa do Galo, querem Geuvânio, mesmo que ele tenha dificuldade de atuar por mais de trinta minutos. Tem atleticano pedindo Terans ou Clayton de falso 9, querendo Di Santo, provavelmente pelo idioma do Hermano, já que poucos viram jogos do Rayo Vallecano e do Schalke 04.

Se continuarmos assim, teremos que readaptar a frase do Drummond – “Se houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento. Mas só se a umidade do ar estiver a 70% e o varal for de nylon, com duas hastes de aço paralelas e a camisa 95% poliéster”. Os mais jovens dizem que não aguentam mais esse inferno. Acredite, nós já estivemos no inferno e nem lá nós fomos chatos assim. A gente rodava a camisa cantando ‘vamos subir, Galôôô’ com Feltri e Bilu. Vamos reaprender a curtir mais o Galo, associar ao prazer, ao amor e entender que o vento vai bater, as tempestades chegarão e nós não passaremos instruções ao cara do Climatempo, nós vamos torcer contra o vento, por%$#@!

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